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Para empresário "pequeno" aumento em mortes não justifica isolamento
Redação

Rodrigo Arjonas, dono da rede de franquias de hamburguerias Busger, disse achar “estranho” parar o país por tão pouco.

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O empresário afirmou, nas redes sociais, que achava “muito estranho” que o país parasse por causa de um aumento de 2% nas mortes em relação a abril do ano passado, “levando-se em conta que a população cresce 1% ao ano.”

Quando confrontado por outros usuários, que disseram que mortes de outros tipos, como homicídios e acidentes de carro, diminuíram, sua resposta foi ofendê-los. Aproveitou o momento também para divulgar sua live onde ensinaria como lucrar na crise.

Essa é a demonstração do quanto a burguesia se importa com a vida e a saúde dos trabalhadores. A Busger, que teve um faturamento de 24 milhões de reais em 2019, segundo a revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, quer a reabertura da economia, no momento onde o sistema de saúde de vários estados está entrando em colapso, e o número de mortos e infectados pelo novo coronavírus, mesmo que subnotificados, cresce em um ritmo alarmante.

É por isso que, em vez de reabrirmos a economia, devemos, neste momento, garantir condições verdadeiras para que todos possam fazer uma quarentena de verdade, com renda, e com o fechamento de serviços não essenciais, garantindo também os empregos e salários. Mas não podemos apoiar nenhum tipo de medida que venha para aumentar a repressão sobre os trabalhadores, como por exemplo aplicar multa em quem estiver nas ruas, pois muitos estão ali para garantir sua sobrevivência mínima.

Ao mesmo tempo, unificar todo o sistema de saúde, público e privado, sob controle dos trabalhadores para aumentar a disponibilidade de leitos e diminuir imediatamente as filas de espera por vagas nas UTIs.

Para muitos trabalhadores, a atual crise significa perda de empregos e de renda, ou até mesmo a morte. Para pessoas como Rodrigo Arjonas, a crise é apenas mais uma oportunidade de lucrar.

 
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