Sou metroviária, mãe, filha, tia, neta.
Estar na linha de frente, sem a opção de fazer a quarentena em casa com a família, em segurança, me dá muita angústia e medo. Não me sinto protegida, tampouco tenho meu esforço reconhecido pelo governo do estado, mas preciso desse trabalho e, portanto, não tenho por onde escapar. Me encho de fé e coragem, e vou.
Tenho muito orgulho do que faço, mas me sinto uma bomba relógio o tempo todo. Filha pequena sem escola, minha mãe me ajudando, tarefas em casa que não podem ficar pra depois.
Acredito que sobrecarregada e cheia de tensão definem o momento de muitas mães que assim como eu estão na linha de frente de tudo isso! Somos verdadeiras guerreiras!
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