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Neste sábado, Bolsonaristas promovem mais um ato golpista na Esplanada
Rosa Linh
Estudante de Relações Internacionais na UnB
Estrela - Comitê DF/GO

Na manhã deste sábado (9/05), apoiadores do presidente Bolsonaro (Sem Partido), vestidos com a bandeira do Brasil, desrespeitaram o isolamento social indo às ruas se aglomerar a gritos e buzinas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional, a imprensa e as recomendações da Organização Mundial da Saúde que defendem o isolamento social contra o Covid-19. Não é a primeira manifestação que reproduz o caráter autoritário de Bolsonaro e seus apoiadores.

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Na manhã deste sábado (9/05), apoiadores do presidente Bolsonaro (Sem Partido), vestidos com a bandeira do Brasil, desrespeitaram o isolamento social indo às ruas se aglomerar a gritos e buzinas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional, a imprensa e as recomendações da Organização Mundial da Saúde que defendem o isolamento social contra o Covid-19. Não é a primeira manifestação que reproduz o caráter autoritário de Bolsonaro e seus apoiadores.

O ato foi impulsionado por um grupo de apoiadores do presidente, “Soldados do Brasil, Voluntários da Pátria”, que defende o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso em mais uma manifestação claramente golpista e atentando aos direitos democráticos. A divulgação se deu via um vídeo no Facebook de um dos “Soldados da necropolítica”, Paulo Felipe, ocorrida na sexta-feira (8/05) - este afirma que a manifestação tem apoio de militares de reserva e de um “comboio organizado”.

Os manifestantes se aglomeraram próximos ao Museu Nacional, muitos sem máscara ou qualquer medida preventiva de distância social recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em seguida conduziram uma carreata puxada por um caminhão militar e um trio elétrico até a Biblioteca Nacional na Esplanada dos Ministérios.

Essa manifestação é repudiável. Irresponsável na medida em que ajuda a propagar o vírus e por outro, carrega um forte cunho ideológico protofascista, saudando a ditadura militar assassina e capacha do capital financeiro dos Estados Unidos, canto ecoado pelas asquerosas falas de Regina Duarte dias atrás.

Houve um pedido de proibição da manifestação feita pelo deputado federal Enio Verri (PT), contudo o ministro do Supremo Celso de Mello reconheceu como legítima a carreata. Diante disso, é importante também questionar se a melhor alternativa para a esquerda é, de fato, confiar no Congresso golpista que tirou Dilma Rousseff do poder sequestrando milhões de votos, ou no STF que prendeu arbitrariamente Lula. Questionamos também a capacidade de se confiar no PT que, dia após dia, trai a classe trabalhadora com suas alianças com Maia, FHC e Witzel - como no 1º de Maio das Centrais Sindicais de direções pelegas. Isso sem falar na verdadeira paralisia das centrais dirigidas pelo PT e PCdoB, que só rompem sua quarentena política para assinar acordos de demissão e redução salarial dos trabalhadores ou para fazer atos de traição como esse da semana passada.

Além disso, é importante ressaltar que, no marco de uma crise estatal profunda, na qual STF, Congresso, Bolsonaro e militares se agridem mutuamente para ver que fatia da burguesia terá mais lucros, nenhum deles apresenta qualquer saída para defender as vidas dos mais pobres e da classe trabalhadora. Por um lado, há a ala pró quarentena, que segue sem promover testes massivos para fazer com que as quarentenas sejam científicas, e que não responde até agora como vai proteger a vida dos trabalhadores na linha de frente, que seguem expostos sem equipamentos de proteção ou testes. Além disso, boa parte da classe trabalhadora continua indo trabalhar, já que até agora não conseguiram colocar as mãos no auxílio emergencial, e que quando for pago, evaporará como álcool frente ao incontrolável aumento dos preços.

Nessa medida, é preciso afirmar em alto e bom som: para combater Bolsonaro e os militares, é preciso uma unidade classista da esquerda em torno do Fora Bolsonaro e Mourão, para que consigamos, na luta, testes massivos e EPIs para todas as trabalhadoras e trabalhadores que precisam, auxílio emergenciais pagos rapidamente e no valor de R$2000 para todos que estão desempregados ou em subemprego, assim como a fundamental exigência de proibição das demissões. Essas conquistas só são possíveis a medida que assumimos a saída da crise nas nossas mãos, nos organizando pela base dos sindicatos, fábricas, centros acadêmicos. É preciso que todos o povo explorado do Brasil decida sua própria história: por isso defendemos uma Assembleia Constituinte livre e soberana para dar uma saída classista a essa crise sanitária, política e econômica!

 
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