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REINTEGRAÇÃO DE POSSE EM SP EM PLENA PANDEMIA JOGA FAMÍLIAS NA RUA
Em meio à pandemia, PM de Doria despeja ao menos 50 famílias de suas casas em Piracicaba
Redação

Numa ação absurda, com direito à muita violência, prisões e repressão, Doria mandou a polícia para uma ação de reintegração de posse na comunidade Taquaral, em Picacicaba, no interior de São Paulo.

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Foto: Ponte Jornalismo

Não é muito difícil ver por trás da demagógica e hipócrita máscara de Doria, que, frente ao escandaloso negacionismo de Bolsonaro, tenta posar de “sensato” e “preocupado com as vidas” em meio à pandemia do coronavírus. Hoje, sua cara mais facínora foi nitidamente demonstrada quando o governador tucano ordenou que a polícia militar executasse uma reintegração de posse na cidade de Piracicaba, no interior do estado, arrancando com toda a brutalidade e violência 50 famílias de suas casas e as jogando no olho da rua enquanto o país soma mais de 126 mil casos confirmados de COVID-19.

Tudo ocorreu na manhã dessa quinta-feira, 7, na comunidade Taquaral. A justiça havia concedido a ordem de reintegração de posse, e o governador achou por bem agredir e desalojar as famílias no momento de pico da pandemia que está matando milhares. Pelas redes sociais, o site Ponte Jornalismo divulgou diversos vídeos que mostram o nível de violência e brutalidade dessa repressão comandada por Doria. Segundo os moradores, haviam 150 pessoas no local em resistência à ação policial. A PM, no entanto, dizia que eram 4 a 6 famílias.

No vídeo abaixo, vemos uma senhora idosa sentada no chão, passando mal após inalar gás lacrimogêneo das bombas de policiais, que também dispararam balas de borracha contra os moradores:

Uma das bombas da polícia perfurou o cano de uma casa da favela pantanal, que fica ao lado da comunidade sofrendo reintegração. Uma casa da comunidade ficou alagada por conta disso. Abaixo, depoimento de um morador e também o depoimento de Marcela Bragaia, da Rede de Advogados e Advogadas Populares, conta que a ação policial foi extremamente violenta, e nem mesmo uma deputada estadual presente pôde acompanhar a ação, sendo também agredida. Ela também afirma que o número real de famílias era muito maior do que o informado oficialmente.

A deputada presente, professora Bebel, do PT, recebeu ordem de prisão por “desobediência” por querer acompanhar a ação policial. Abaixo, depoimento de uma moradora e seu filho de sete anos da comunidade vizinha, contando sobre as bombas que os atingiram durante a reintegração:

Essa ação é uma demonstração cabal da pura demagogia de Doria e da justiça. Com ou sem pandemia, seus interesses são sempre os de defender a propriedade dos capitalistas e seus lucros, não importando se para isso terão que jogar famílias no olho da rua em plena pandemia, utilizando para isso violência desmedida.

 
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