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WEINTRAUB USA ENEM CONTRA ESTUDANTES E GOVERNADORES
Sem dar a mínima para estudantes, Weintraub diz que mantém ENEM para pressionar governadores
Redação

Ministro da Educação de Bolsonaro diz que irá manter a data do ENEM para pressionar governadores a retomarem a rotina de aulas, sem se importar com os estudantes que não tem acesso à internet.

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A propaganda do governo anunciando a manutenção do ENEM com slogans como “a vida não pode parar” e “estude de qualquer lugar” (veja abaixo) gerou imensa revolta entre estudantes do país inteiro, que verão ser agravada a condição de exclusão da educação que se abate sobre eles pela decisão do governo negacionista de Bolsonaro de manter a data do exame inalterada, como se estivéssemos vivendo um período de normalidade.

Propaganda do ENEM veiculada pelo MEC.

Mesmo os 126 mil casos e 8,5 mil mortes confirmadas não geraram nenhuma comoção no governo. Weintraub, cinicamente, afirmou que “A gente está fazendo de tudo para, justamente, não prejudicar. Semana que vem tem todas as datas.” A declaração foi dada durante uma entrevista a um canal de Youtube (veja abaixo).

Por trás desse discurso canalha que está fazendo isso para “não prejudicar” estudantes, Weintraub acabou revelando o real motivo do governo para manter a data do exame: “é importante manter o Enem para manter as expectativas das pessoas e começar a botar pressão para os governadores e prefeitos para voltar (o calendário escolar). Eles foram, na melhor das hipóteses, atabalhoados para fazer quarentena.” Ou seja, o MEC quer jogar com o futuro dos estudantes e aumentar a exclusão dos mais pobres para fazer disso o instrumento da política negacionista de Bolsonaro que quer seguir mandando milhões de trabalhadores para a morte em nome dos lucros dos patrões.

Como dissemos aqui, “No Brasil, 30% da população e 33% dos domicílios ainda não tem acesso a internet, e os dados são ainda mais alarmantes quando dizem respeito às zonas rurais ou às camadas mais pobres da população: apenas 49% da população rural e 48% das pessoas que se encontram nas “classes” D e E tem acesso à internet. Ou seja, menos da metade.” Isso mostra muito bem quem serão os grandes prejudicados por essa política absurda do governo.

Diversos estudantes, como os estudantes de teatro da UFRGS ou a Faísca- Juventude anticapitalista e revolucionária vem levantando campanhas pelo adiamento do ENEM para que os estudantes de mais baixa renda não sejam ainda mais prejudicados do que já são pelo absurdo e excludente vestibular que a cada ano deixa milhões de fora do ensino superior. Contra a política de Weintraub e Bolsonaro, defendamos o acesso universal ao ensino superior, com gratuidade e qualidade.

 
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