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1º DE MAIO: ATO INTERNACIONAL
"No Brasil do reacionário Bolsonaro e dos militares lutamos pela unidade dos trabalhadores negros e brancos!"
Redação

Marcelo Pablito, trabalhador da Universidade de São Paulo e dirigente do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT), representou o Brasil no Ato Internacionalista do 1º de Maio.

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Pablito começou saudando seus colegas trabalhadores do Hospital Universitário da USP, que fizeram nessa semana uma importante manifestação em defesa da vida dos trabalhadores, como parte de uma saudação a todos os trabalhadores da saúde na linha de frente desse combate a pandemia.

Um combate que dentro de nosso país é agravado por um governo negacionista liderado por Jair Bolsonaro, capacho de Trump, que em diversas declarações manifestou seu obscurantismo subestimando o vírus, chamando de "gripezinha" e o desprezo pela ciência e a vida das pessoas como recente ao declarar "E dá? Não posso fazer milagre!", ao ser questionado sobre o recorde de mortes.

"Quando começou a pandemia, o Bolsonaro disse que “o brasileiro podia mergulhar no esgoto que não aconteceria nada”. Isso num país onde mais de 30 milhões de pessoas não tem acesso sequer à água potável e onde a maioria dos negros são os que mais morrem em decorrência dessa pandemia."

Mas esse autoritarismo destacado por Pablito não paira no ar. Como ele destacou em sua fala, o governo Bolsonaro conta com o aval dos militares, que em meio a pandemia se fortaleceram como nunca desde a Ditadura Militar no país, estando a frente de diversos cargos no governo, chefiando o gabinete de emergência e comandando os principais planos de combate a crise sanitária e econômica.

"Para sustentar essa voz da ditadura, o Bolsonaro tem o apoio do General Mourão, o seu vice, que há poucos dias fez uma declaração saudando o golpe militar de 64, um golpe que significou milhares de mortos, torturados e desaparecidos no nosso país. Tem também o apoio dos militares, que fizeram a intervenção no Rio de Janeiro, aumentando o assassinato contra o povo pobre nas nossas favelas. Tem o apoio do Paulo Guedes, uma figura ultra neoliberal que preparou cada uma das reformas antioperárias para descarregar essa crise nas costas da nossa classe".

Mesmo em meio a crise do coronavírus, Bolsonaro segue aprofundando a crise política, demitindo o ex-ministro da justiça Sergio Moro, rompendo o casamento com a Lava Jato, fundamental para que o presidente vencesse as eleições manipulada pelo judiciário. Na última semana nós vimos o Sérgio Moro saindo do governo, um juiz que esteve à frente da Operação Lava Jato e que foi treinado pela Secretaria de Segurança dos Estados Unidos, que foi um dos pilares do golpe institucional em 2016. O Sergio Moro foi uma figura que teve um papel emblemático na prisão arbitrária do ex-presidente Lula.

Neste 1º de maio, Pablito ressaltou a necessidade de retomar os sindicatos para as mãos da classe trabalhadora, enquanto as grandes centrais sindicais do país, CUT, CTB, Força Sindical convidavam inimigos da classe trabalhadora, como Maia, Witzel, Doria e FHC, para o dividir o palanque.

Por isso, mais do que nunca, nós precisamos retomar os sindicatos para mão da classe trabalhadora e impedir que essa burocracia vendida atrapalhe a nossa organização e a nossa unidade. Nós precisamos defender os trabalhadores precários, os terceirizados, os informais, essa juventude que está deixando sua vida 12 horas por dia em cima de uma bicicleta. Precisamos defender nossos irmãos imigrantes que estão sendo humilhados ou mortos nas fronteiras, como acontece na fronteira da Venezuela aqui no Brasil.

Como Karl Marx dizia: o trabalho de pele branca não pode se emancipar onde o trabalho de pele negra é marcado a ferro!

Por isso, nós lutamos pela unidade dos trabalhadores, negros e brancos!

Pablito denunciou em sua fala a armadilha que cumpre essa Frente Ampla, em que em nome do combate ao ultra-reacionarismo de Bolsonaro, as organizações sindicais e de esquerda se dispõem a se aliar até com inimigos de classe como esses, não menos reacionários e dispostos atacar a classe trabalhadora.

A luta pelo Fora Bolsonaro vem ganhando o apoio de milhões de pessoas no Brasil e essa pode ser uma força social que derrote este governo reacionário. Mas, ao mesmo tempo, existe um risco de que isso não seja dessa maneira porque tem alas do próprio regime que apontam como saída um governo do General Mourão e, infelizmente, isso inclui setores da própria esquerda que estão defendendo a política do impeachment ou a renúncia.

No encerramento de sua fala Pablito defendeu uma estratégia capaz de ergue a voz dos trabalhadores por meio de um programa classista como uma alternativa frente a crise. O povo tem que decidir, por isso defendemos a batalha por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana onde seja possível debater todos os grandes problemas do nosso país e tomar decisões a favor da maioria dos explorados.

Por isso, para nós não se trata somente de mudar um governo ou outro. É necessário botar abaixo esse regime e para isso não tem outra alternativa que não seja que o próprio povo possa decidir o seu futuro. Então se a gente grita fora Bolsonaro, fora Mourão, nós precisamos lutar também por uma Assembleia Constituinte, que seja livre e soberana, que possa debater todos os grandes problemas do nosso país e tomar decisões a favor da maioria dos explorados. Isso, sem nenhum limite dos atuais poderes que foram cúmplices também durante décadas de ataque e de degradação da política do nosso país. Nós chamamos a esquerda a assumir também essa bandeira!

 
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