O Projeto de Lei prevê uma compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação provocada pela pandemia do COVID-19. Entretanto, essa compensação virá acompanhada de ataques aos mesmos servidores que estão arriscando suas vidas ao combate da epidemia.
O auxílio aos estados e municípios deve ser votado neste sábado com a incorporação do texto que congela os salários dos servidores públicos até 31 de dezembro de 2021. Na prática, esse congelamento significará o arrocho dos salários dos servidores em meio à crise sanitária e econômica mundial.
Paulo Guedes defendeu o ataque afirmando que os servidores “não podem ficar em casa com suas geladeiras cheias”. Não é a classe trabalhadora que deve arcar com a crise que estamos passando, crise essa construída pelos capitalistas. Paulo Guedes e os empresários estão muito bem em suas mansões enquanto os servidores estão na vanguarda da luta contra o Coronavírus e a grande maioria sem as devidas e necessárias proteções.
Se deixarmos nas mãos do governo dos capitalistas as soluções para a crise, nós trabalhadores continuaremos morrendo sem leitos, testes e respiradores enquanto os bancos e empresários são salvaguardados.
Enquanto isso, a EC do Teto de Gastos que limita os investimentos em saúde continua intacta em prol do pagamento da dívida pública. Faça chuva ou faça sol, essa dívida, que subordina o país aos banqueiros nacionais e imperialistas, só aumenta. Devemos dizer um basta a essa dívida fraudulenta. Quantos respiradores e EPI’s não poderiam estar sendo fabricados com todos esses recursos?
Mas não, Bolsonaro, Paulo Guedes, Maia, Alcolumbre e companhia querem somente garantir a manutenção de seus privilégios. Os políticos, juízes, militares têm algo em comum: todos eles garantem isenções fiscais bilionárias às empresas, aos capitalistas, enquanto a classe trabalhadora morre sem direito à velório e sepultamentos dignos.
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