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TROCA-TROCA NO GOVERNO BOLSONARO
Possível novo Ministro já foi chefe de gabinete e padrinho de casamento de Eduardo Bolsonaro
Redação

Jorge Oliveira foi chefe de gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e também padrinho de casamento do parlamentar.

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Imagem: Wikimedia Commons/ DCM

O presidente Jair Bolsonaro deve oficializar o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência, como o novo ministro da Justiça. Próximo da família, Oliveira não queria aceitar o cargo, mas Bolsonaro disse a ele que se tratava de uma "missão", segundo fontes do Estadão, dentro do Palácio do Planalto.

Com a confirmação de Oliveira como substituto de Sergio Moro, o atual secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), almirante Flávio Rocha, é o mais cotado para assumir como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.

Bolsonaro também deve confirmar no comando da Polícia Federal o delegado Alexandre Ramagem, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Uma das maiores provas de que Oliveira é homem de confiança de Bolsonaro e sua família é que acumula também o comando da Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), órgão que presta consultoria jurídica para atos do presidente. O posto exige uma pessoa de confiança do presidente. Ainda não há uma definição sobre o futuro da SAJ.

Outro nomes que foram cotados para assumir o Ministério da Justiça foi do advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, e do ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo Ivan Sartori.

Aliado próximo dos Bolsonaros

Alçado ao cargo de ministro em junho de 2019, Jorge Oliveira tem uma relação familiar com o clã Bolsonaro, onde é chamado de "Jorginho". Filho do capitão do Exército Jorge Francisco, morto em 2018, que por 20 anos foi chefe de gabinete de Bolsonaro, Oliveira é advogado, major da Polícia Militar. Ele foi chefe de gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e também padrinho de casamento do parlamentar.

Oliveira iniciou o governo no comando da Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), mas, ainda na transição, mostrava sua influência. Ele ajudou Bolsonaro na escolha de ministros, como o advogado-geral da União, André Luiz Mendonça.

Ao chegar à Secretaria-Geral, se tornou um dos mais influentes ministros do governo. Considerado discreto por amigos e "astuto" por seus críticos, Oliveira também passou a ser cotado para ser indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Já Alexandre Ramagem, delegado da Polícia Federal, entrou para o rol auxiliares de confiança do Planalto com o apoio do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ao filho do presidente, é atribuído a nomeação de Ramagem para a Abin, em julho do ano passado.

A aproximação entre Carlos e Ramagem, delegado da PF desde 2005, ocorreu durante a campanha eleitoral, em 2018. Na época, o policial assumiu a coordenação da segurança de Bolsonaro após a facada sofrida pelo então candidato em Juiz de Fora (MG). Como chefe da Abin, Ramagem passou a frequentar o gabinete presidencial com frequência.

Ao anunciar sua saída do governo, Moro relatou que Bolsonaro demonstrou preocupação com o andamento de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), como o que apura ameaças, ofensas e fake news disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.

Bolsonaro há muito tempo já deixou evidente que não governa para a maioria da população, como suas reformas antipopulares, privatizações, entregas das riquezas nacionais, ou sua mais recente política genocida frente ao coronavírus deixam claro. Dessa forma, buscou disputar com Moro a carapuça de herói contra a corrupção e a “velha política”.

É nítido como os ritmos das investigações de Curitiba avançam ao sabor da crise política. Esse aliás é o grande legado da Lava Jato e de Moro, a utilização arbitrária do arsenal jurídico de acordo com o intuito de beneficiar os interesses do grande capital, que entrou no lugar das empresas afetadas pela operação. O autoritarismo judicial já esteve a serviço de beneficiar a vitória eleitoral de Bolsonaro, mas esse novo capítulo da crise política marca a ruptura definitiva do casamento entre bolsonarismo e lavajatismo.

Na última terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes abriu outro inquérito para apurar "fatos em tese delituosos" envolvendo a organização de atos antidemocráticos, após Bolsonaro participar de protesto em Brasília convocado nas redes sociais com mensagens contra o STF e o Congresso e favoráveis a uma intervenção militar.

Também corre apuração sobre o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que trata de um esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Informações: Agencia Estado

 
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