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POLÍTICA
Sérgio Moro se demite da Justiça, após blindar Bolsonaro por um ano
Redação

Após intervenção na Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro, Sérgio Moro anunciou a sua demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública após ter servido fielmente a Bolsonaro por um ano

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Após intervenção na Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro, Sérgio Moro anunciou a sua demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública após ter servido fielmente a Bolsonaro por um ano levando em frente ataques contra os trabalhadores, blindando sua família das suas investigações sobre Fabrício Queiroz e encobrindo dezenas de arroubos anti-democráticos de Bolsonaro.

Sérgio Moro abre mais a crise política, dizendo que Jair Bolsonaro pediu informação sobre os inquéritos que investigavam as manifestações golpistas em defesa do fechamento do Congresso que ocorreram nos últimos 2 meses, para além da intervenção de Bolsonaro que exonerou Valeixo da Superintendência da Polícia Federal. E Moro o faz como se durante todo este período, não houvesse limpado a barra de Bolsonaro sobre seus arroubos contra a COAF e as investigações sobre movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro junto com Fabrício Queiroz no esquema da rachadinha, para não dizer mais.

O fogo cruzado chega ao ponto de Moro afirmar que a Polícia Federal tinha autonomia nos governos Dilma Rousef, afirmando que o que ocorre é uma intervenção política em seu ministério. O faz aproveitando a situação, pois em 1 ano de governo Bolsonaro, nada disse sobre as intervenções na COAF e "não tinha nada a comentar" sobre o caso Queiroz. Quer dizer, até mesmo o alto escalão das instituições da PF e do Judiciário estavam apostando em Bolsonaro, dividindo-se no STF mas unificando-se pelo golpe.

Sérgio Moro, é claro, se aproveita do passe livre concedido pela imprensa oficial: Rede Globo e Folha de São Paulo, aliadas de Moro desde o golpe institucional, estenderam sua mão para que Moro pudesse sair do governo blindado dos ataques direcionados por estas mesmas emissoras contra Bolsonaro. O cenário é claro: o golpe institucional levado adiante pela Globo, Folha, Fiesp e com a Lava Jato de Sérgio Moro era para eleger um candidato representante da burguesia tradicional. Os agentes do golpe institucional taparam o nariz e apoiaram as medidas de ataque de Bolsonaro contra os trabalhadores, como a reforma da previdência. Agora, querem ver Bolsonaro sangrar, vendo as respostas de seu governo durante a pandemia do coronavírus.

Do partido do golpe institucional, como representantes do da Fiesp e das grandes patronais, Bolsonaro agora se escora nos militares e em Paulo Guedes, homem dos ataques contra os trabalhadores. Os militares apostam no nome do espião-diretor da Abin, e assumem cada vez mais papel dentro do governo. Ao mesmo tempo se posicionam com Mourão para assumir caso Bolsonaro caia com um impeachment. É um jogo de ganha ganha, em que o autoritarismo disputa com a democracia burguesa já degradada para aprofundar as consequências do golpe institucional: ataques aos trabalhadores, autoritarismo, demissões em massa e morte pelo coronavírus.

Panelaços ocorrem nos grandes centros do país, em grande parte pelos críticos do governo Bolsonaro que não se esqueceram do papel de Sérgio Moro no golpe institucional e na blindagem de Bolsonaro durante todo o período.

 
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