Foto: Marcio James/Semcom
Enquanto isso, o governo do estado, comandado por Wilson Miranda (PSC), não dá nenhuma satisfação acerca do superfaturamento na compra dos respiradores. Foram comprados 28 respiradores no valor de quase 3 milhões, o dobro do preço atual.
Nas redes sociais, são inúmeros os vídeos que mostram o descaso com os pacientes, a revolta da população, as condições precárias de trabalho dos médicos e enfermeiros, e o colapso da saúde do estado, situação caótica que se reproduz no Brasil inteiro.
A prefeitura de Manaus decidiu comprar contêineres para colocar os corpos das vítimas e evitar a contaminação. As enfermeiras se veem em condições de se alimentar sabendo que podem estar se contaminando e tendo que até mesmo custear o mínimo de proteção possível.
As pessoas estão morrendo em suas próprias casas. Segundo o prefeito de Manaus, na segunda-feira, dos 106 sepultamentos do estado, 36,5% das pessoas morreram em casa.
Não há testes massivos e nem produção massiva de EPI’s com redirecionamento e planificação da produção.
Pelo contrário, como mostramos nessa nota, "em meio ao caos que Manaus vem passando, algumas grandes empresas mantém sua produção com normalidade, como é o caso da Samsung e da Transire Eletrônicos, que juntas fizeram mais de 5 mil trabalhadores voltarem à produção. Essas empresas têm o aval de Bolsonaro, dos governadores, militares, Maia e STF, que seguem sem apresentar uma saída para crise, descontando-a cada vez mais nas costas da classe trabalhadora"
É urgente que se exerça o controle operário nas grandes e pequenas empresas, voltando a produção completamente para a superação da crise, produzindo respiradores, ventiladores pulmonares, leitos e todos os equipamentos necessários.
Não pode ser que os planos de saúde e os hospitais privados continuem lucrando em cima da desgraça da população. É preciso estatizar todo o sistena privado de saúde, com o controle estrito dos trabalharores da saúde e da população.
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