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ZONA FRANCA DE MANAUS
Multinacionais de Manaus garantem seus lucros em meio ao colapso da saúde
Redação

Mesmo em meio ao caos anunciado em Manaus, com centenas de mortes pela Covid-19 e um sistema de saúde que entrou em colapso, desde o dia 13 de abril algumas fábricas estão reabrindo e mantendo sua produção com normalidade, é o caso da Samsung e da Transire Eletrônicos, que juntas fizeram mais de 5 mil trabalhadores voltarem à produção.

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Desde o dia 13, tanto a Samsung quanto a Transire deram fim às férias coletivas dos trabalhadores e fizeram mais de 5 mil voltar a produção. No lugar em que o governo contrata container para alocar os corpos, trabalhadores estão arriscando suas vidas para produzir celulares e eletrônicos para empresas manterem suas margens de lucro.

A saúde em Manaus e em todo estado do Amazonas entrou em colapso, o Ministério da Saúde apontou há 2 dias que em todo o estado, já foram contabilizadas 193 mortes ocasionadas pela doença. O índice de letalidade, que é de 8,5%, está cerca de dois pontos percentuais acima da média nacional.

São vários os relatos na internet de trabalhadores de saúde relatando caos e desespero no sistema de saúde, além disso um vídeo circulou mostrando que corpos eram colocados ao lado dos pacientes, o que fez ao governo contratar contêineres para alocar os corpos.

Agora, a prefeitura está abrindo valas comuns para enterrar até 10 pessoas de vez, é em meio a essa situação que há 10 dias empresas de eletrônicos voltaram à produção. Além de colocarem trabalhadores em risco, trabalhando com aglomeração e muitas vezes sem os EPIs necessários para a proteção, o mais escandaloso é que 5 mil trabalhadores voltam à produção para produzir mais e mais celulares e não equipamentos que possa salvar vidas, como leitos e respiradores.

A Samgung é uma das gigantes de eletrônicos do mundo, mesmo com o seu lucro em queda no 4º trimestre do ano passado, chegaram a US$4,4 bilhões. Agora, frente à crise, coloca a vida dos trabalhadores em risco para manter os lucros, mesmo em meio ao caos social e sanitário de Manaus. Um efeito direto também dos absurdos de Bolsonaro para salvar os patrões, o que mostra que seu discurso está amparado nos interesses da burguesia de manterem seus lucros.

O que os patrões fazem em todo país e em especial em Manaus é junto com os governos, Bolsonaro, mas também os governadores, militares, Maia e STF que não dão nenhuma solução à crise, prepararem as nossas covas, por isso os trabalhadores devem tomar a resolução dessa crise nas mãos e para impedir as pilhas de mortos é necessário reconverter a produção industrial com controle dos trabalhadores e assim produzir não milhares de celulares da Samsung, mas respiradores e ventiladores pulmonares para que ninguém mais morra nas filas do SUS vítima dessa pandemia.

 
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