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8 a cada 10 trabalhadores podem perder emprego ou renda por conta da crise capitalista
Redação

A crise capitalista, como sempre, recairá mais forte sob os ombros dos trabalhadores. Até 81% da força de trabalho brasileira corre o risco de ficar sem salário ou ver sua renda diminuir em meio a pandemia de coronavírus.

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Imagem: LINCON ZARBIETTI

Segundo os autores da pesquisa realizada na USP e divulgada pela Folha de São Paulo, mesmo as pessoas que têm vínculo formal e atuam em atividades consideradas essenciais se tornaram vulneráveis para a sanha capitalista.

Com o título “A vulnerabilidade dos trabalhadores brasileiros na pandemia da covid-19” a pesquisa aponta que os mais vulneráveis são os 24 milhões de trabalhadores informais de atividades consideradas não essenciais. Este grupo corresponde a 1/4 da força de trabalho. Outro setor massivo afetado será o de 52 milhões trabalhadores formais e de áreas essenciais. Juntos compõe 81% da força de trabalho brasileira. O estudo cruzou dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com informações sobre mobilidade nas grandes cidades, dados de transações de cartões de crédito e pesquisas do Sebrae.

Segundo Rogério Barbosa, um dos responsáveis pela pesquisa, até mesmo aqueles que teriam melhores condições de enfrentar crises econômicas estão fragilizadas diante à pandemia.

Nos serviços não essenciais os mais afetados pela crise são: os serviços domésticos (6,2 milhões de pessoas), beleza (2 milhões) e comércio de roupas, calçados e viagens (1,5 milhão de trabalhadores). Nos serviços essenciais, os mais vulneráveis são construção de edifícios (3,7 milhões), bares e restaurantes (2,5 milhões) e comércios de alimentos, bebidas e fumo (2,4 milhões).

Dimensão da crise capitalista e como reagir a ela

Segundo economistas do JP Morgan Chase, a paralisia industrial imposta pelo coronavírus roubará 5 trilhões da economia global nos próximos dois anos, 8% do PIB mundial. A Organização Mundial do Comércio prevê retração entre 13% e 32% do intercâmbio global de bens. Em três semanas, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos foi de quase 17 milhões, algo nunca antes visto, num país que rapidamente pode passar de 3,5% para 20% de desocupados.

Esse quadro apenas amplifica as conseqüências estruturais da precarização do trabalho nos últimos trinta anos: os perdedores absolutos da globalização, a imensa camada de trabalhadores com contratos precários, intermitentes ou de “zero-hora”, já estão pagando a altíssima conta da pandemia. Uma situação semelhante abre o caminho para explosões sociais a fim de deter o ritmo de destruição de suas vidas.

Nossa aposta política não pode estar com o neorreformismo de Sanders nos EUA, Mélenchon na França, ou suas versões aggiornadas na América Latina, como o PT no Brasil, nenhuma das quais apta a enfrentar os capitalistas. Num mundo que será golpeado por uma crise econômica de proporções históricas, esta aliança sólida dos setores heterogêneos do movimento operário em torno de uma estratégia socialista, anti-imperialista e revolucionária é fundamental. Só se construirá mediante processos de luta de classes. É a chave organizativa para que as próprias medidas de emergência contra a pandemia sejam tomadas, atacando os interesses dos capitalistas, garantindo empregos e salários integrais, a reconversão da produção para manufatura dos insumos médico-hospitalares essenciais, expropriando os capitalistas e nacionalizando sob controle dos trabalhadores todos os grandes recursos industriais e de serviços necessários para fazer frente a catástrofe que nos ameaça.

Fonte de informações: Poder360 e Folha de São Paulo

 
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