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METALÚRGICOS
Força Sindical adere a Bolsonaro e patrões ao criar app que facilita redução salarial
Redação
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A Força Sindical anunciou em seu site que o Sindicato dos Metalúrgicos de SP irá criar um aplicativo para receber e homologar acordos dos trabalhadores com as patronais. A proposta é simplesmente absurda, e o sindicato, presidido por Miguel Torres, atual presidente da Força Sindical, se presta a fazer um serviço não aos trabalhadores, mas aos patrões, não só aceitando passivamente a medida de Bolsonaro que autoriza redução de salários e jornadas de trabalho e também suspensão de contratos, mas criando um meio de facilitar a homologação desses ataques às condições de vida dos metalúrgicos.

Segundo Torres, o aplicativo servirá para agilizar a formalização dos acordos de forma “mais justa e rápida”. Não bastasse essa cínica visão, ele ainda diz: “Estamos a disposição não só dos trabalhadores, mas das empresas do setor para minimizar os efeitos desta enorme crise sanitária e econômica que o mundo atravessa”. Para ele, o objetivo seria não apenas garantir os empregos e a renda dos trabalhadores (que evidentemente com a postura do sindicato, fica claro que rendas não serão mantidas), mas preservar também “as atividades econômicas e empresariais”.

Uma política extremamente conciliadora e passiva num momento onde o Governo Bolsonaro, e também os governos estaduais, que o criticam mas absorvem com prazer suas medidas anti-operárias, atacam brutalmente as condições dos trabalhadores para garantir os bolsos dos patrões em meio a crise, enquanto trabalhadores terão suas rendas corroídas por medidas como essa. O sindicato, entidade que deveria cumprir o papel de defender o direito de seus trabalhadores assume a posição de um auxiliador da patronal. Uma posição bastante conhecida e já assumida a muito tempo pela Força Sindical e por seus sindicatos, que cumpriram também um papel nefasto na aprovação de outros duros ataques, que abrem inclusive espaço para este, como foi a Reforma Trabalhista, negociada com Temer, e também com o frouxo “combate” (se é que pode-se chamar assim a política que a Força Sindical assumiu, de tentar enxugar a proposta do governo Bolsonaro) à Reforma da Previdência, aprovada ano passado.

As organizações do movimento operário assumem uma posição completamente negligente aos direitos dos trabalhadores em meio a crise, assumindo posições ou diretamente passivas, ou então ativas em conciliar interesses inconciliáveis, aceitando de braços abertos a política de quarentenas sem buscar os meios para garantir a sobreviência dos trabalhadores em suas casas, coisa que governo nenhum irá garantir. Se por um lado Bolsonaro esbraveja de forma alucinada contra a quarentena em nome da economia, e quer enfileirar corpos para não deixar a industria e o comércio parar, os Governadores, como João Doria, querem também enfileirar corpos, os deixando em casa, supostamente protegidos do vírus, mas sem condições financeiras de se sustentar, se apoiando nas medidas de Bolsonaro para deixar os patrões cortarem salários, atacarem as condições de vida da classe trabalhadora, e discursando demagógicamente contra o desemprego, com o apoio, commo parece demonstrar a Força Sindical, de algumas das organizações dos trabalhadores. Duas faces e duas políticas que visam fazer a classe trabalhadora e a população pobre pagarem pela crise.

 
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