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CAPITALISMO PARASITÁRIO
Capitalismo selvagem: ameaçados de demissão, trabalhadores da Havan são gravados agradecendo patrão
Redação
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Trabalhadores em oração na reabertura de loja no Pará expressa o quão covarde são os capitalistas e seu empresariado. O “Véio da Havan” acha bonito uma ação que coloca às claras a subjetividade do trabalhador em frente à pandemia do COVID-19.

Como acompanhamos hoje (03/04), nas redes sociais, Luciano Hang, deixa claro seu cinismo, quando alega ser bonito, a reação dos trabalhadores no Pará agradecendo em oração a reabertura da loja. Tal reação expressa a subjetividade da classe trabalhadora nesse período complicado em que vivemos mundialmente com a propagação do COVID-19, pois qualquer pessoa em sã consciência sabe que os trabalhadores não agradeceriam abertura de uma loja frente a todo o caos social, se não tivessem em sua realidade o desespero pela escassez que se aproxima. A loja reaberta é de Parauapebas, no Pará, estado em que há 49 casos confirmados da doença e uma morte.

Em celebração pela reabertura, Luciano Hang, proprietário da Havan, uma das maiores redes de lojas de departamentos do Brasil, com os bolsos cheios, contraria decreto estadual que estabelece como medida de prevenção o fechamento de comércios, como lojas, shoppings, bares e restaurantes, além da suspensão das aulas. Assim fica claro que e evidente que independe para “Véio da Havan” os 49 casos notificados e uma morte no Estado, o que importa para o mesmo, até o final é o lucro, já que Luciano Hang tem sido resistente no fechamento de suas lojas em diferentes estados do país. O Ministério Público de Santa Catarina precisou usar a Política Militar para promover o fechamento e interdições das lojas Havan no Estado, mas Luciano Hang ordenou as mesmas a permanecerem em funcionamento. Como um bom bolsonarista, o parasita segue a linha torta do presidente e defende o fim do isolamento social.

Rechaçamos qualquer defesa do empresariado em manter seus pontos comerciais em funcionamento em um momento tão complicado como o que estamos vivendo, onde a máxima do governo é evitar o colapso do sistema de saúde ao invés de atuar ativamente na prevenção da população, com investimentos, empregabilidade e suporte decente financeiro ao trabalhador.

Jair Bolsonaro, apoiado por sua corja como Luciano Hang, Luciano Huck e Líderes religiosos, segue a linha de expor cada vez mais a classe trabalhadora ao risco e à miséria, não se importando com os trabalhadores, achando normal e totalmente legitimo que voltem aos trabalhos na incerteza e medo de serem contaminados, assim como, acha natural prometer um benefício para os trabalhadores informais de 600 reais e não arcar com o que promete. Em atraso com a população, Bolsonaro em uma entrevista nessa quinta (2) à rádio Jovem Pan, alega estar em diálogo com as Igrejas Evangélicas para pedir à população um “Jejum Religioso” contra o Coronavírus, gerando grande ira nos trabalhadores informais que lançaram em redes sociais exigências referente ao pagamento (#PagaLogoBolsonaro). Tal entrevista de Jair Bolsonaro à Jovem Pan, as demissões nas empresas de Luciano Huck e a reabertura da Loja Havan, expressam para nós, trabalhadores, de que de Bolsonaro e todo empresariado não virá nenhum auxilio ou medida assertiva para lutar contra o COVID-19 e que não devemos achar bonito trabalhadores orarem em agradecimento frente a uma reabertura, devemos rechaçar as medidas impensadas dos capitalistas que se aproveitam do momento de crise, onde milhares de trabalhadores encontram-se desempregados e frente à miséria que há no capitalismo são obrigados a exporem suas vidas voltando ao trabalho como na Havan ou procurando emprego mesmo sabendo que podem ser contaminados. O presidente, assim como todos os capitalistas, não se importa se iremos padecer de fome ou trabalhar até morrer, o nosso sangue e sofrimento é a diversão deles.

Não devemos nos enganar com “medidas” de saída a crise dadas por Jair Bolsonaro e essa nova direita, que por um lado expressa preocupação com a falta de emprego, mas de outro em nada atua para o avanço da população, não devemos permitir que o governo e empresários descarreguem todas as crises em nossas costas, que em dias de brandura, lucram milhões em cada gota de nosso suor e em dias de crise querem descarregar os males dos custos sobre nós. É fundamental que se faça exigências a proibição de aberturas de estabelecimentos que exponham os trabalhadores a risco de contaminação diariamente e que seja dada toda assistência aos trabalhadores e trabalhadoras que permanecerem em casa.

Leia mais: Mais de 600 mil trabalhadores de restaurantes e bares foram demitidos em meio à pandemia

 
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