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CORONAVÍRUS
Com aval de Bolsonaro para demissões, rodoviários do Rio sofrem com licenças não remuneradas
Redação

Denúncias dos diversos sindicatos de rodoviários do Estado do Rio de Janeiro relatam que as empresas privadas de transporte estão dispensando os funcionários sem remuneração para ficar em casa por até 15 dias. Com aval de Bolsonaro e Witzel, trabalhadores estão pagando a conta da crise.

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O sindicato dos rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), divulgou em nota que as empresas que circulam pelas linhas de Niterói a Arraial do Cabo, municípios do Rio, estão obrigando funcionários com idade acima de 50 anos a entrarem de licenças sem remuneração dos dias não trabalhados.

Um termo assinado numa quarta-feira (18/03) com o sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio da categoria do consorcio BRT, prevê que cada empregado fique dispensado de ir trabalhar durante dez dias por mês. A dispensa não será remunerada — logo, haverá redução de um terço do salário.

O acordo assegura pagamento integral de vale-alimentação e vale-transporte. Já o RioÔnibus afirma que as empresas se comprometem a não promover demissões em massa, salvo em faltas graves.

É absurdo que o mínimo direito, como o ao sustento do trabalhador seja colocado abaixo dos lucros e interesses dos capitalistas. Alem das licenças não remuneradas, os trabalhadores sofrem com as péssimas condições de trabalho como a carga horária de serviço abusiva e agora em meio a crise do COVID-19, lidam também com a ausência de kits para a higienização e segurança do trabalhador.

Veja mais: MP da Morte de Bolsonaro autoriza cortes de salário de até 100% e suspensão de contratos

É dever do sindicato denunciar o papel de Bolsonaro e de governadores como Witzel, que seguem com um enorme descaso para lidar com a crise do coronavírus, enquanto o povo paga a conta. Bolsonaro ferrenho defensor da MP da morte e de acabar com a quarentena para "salvar a economia" está abertamente escolhendo quem vai morrer e abrindo mão das vidas dos trabalhadores.

Witzel, por outro lado, apesar de aparecer ao lado de governadores como Doria como oposição "responsável", também não está colocando a saúde do povo pobre em primeiro lugar. Em meio aos seus discursos os trabalhadores seguem sendo demitidos, colocados em um cenário de desespero por não saber como vão se sustentar sem salário por meses. O Estado deveria garantir uma renda mínima de R$2000,00 para quem está sem salário, que é em média o que um trabalhador de carteira assinada recebe.

Além disso, nenhum deles está garantindo testes massivos para todos os infectados e quem teve contato com eles. Como é possível combater seriamente uma pandemia sem ao menos saber seus impactos reais? Não temos acesso nem ao número de verdade dos casos e das mortes. Para deixarmos de navegar com os olhos vendados e tomar as medidas de prevenção necessárias para o combate à crise, colocando a vida acima do lucro, precisamos urgentemente de testes massivos, além dos insumos básicos de prevenção.

Bolsonaro e Witzel mentem descaradamente ao dizer que pensam em saídas para a crise. Na verdade eles só pensam em como manter os lucros dos patrões. Apenas em 2019 o Itaú lucrou R$ 26,583 bilhões, o que daria para 354 milhões de testes ou sustentar 2,2 milhão de pessoas sem renda nesse momento com R$2000 por 6 meses. Essa deve ser a renda imediatamente paga para essas centenas de funcionários que foram liberados sem remuneração e de tantos outros que encontram-se no desespero do desemprego por culpa do governo. A vida dos trabalhadores valem mais que o lucro deles!

 
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