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TESTES MASSIVOS
Enquanto milhares morrem por Covid-19, empresas lucram com produção de testes rápidos.
Redação
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A empresa fabricante de testes de diagnóstico norte-americana "Cepheid" recebeu autorização para a fabricação de um teste rápido de Covid-19, que fornece o resultado em apenas 45 minutos, usando máquinas de teste existentes que foram muito usadas também para doenças como tuberculose, HIV e outras.

Porém, a Cepheid vai cobrar US$ 19,80 por cada teste em países em desenvolvimento, enquanto uma pesquisa do Médicos Sem Fronteiras (MSF) mostra que o custo dos produtos é de apenas US$ 3.

A orientação elementar da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que é imprescindível para enfrentar a pandemia que se distribuam testes massivos para a testagem da população. Sem isso, estaremos de olhos vendados diante da crise. Mas enquanto a população pobre e trabalhadora carece de testes para diagnóstico da doença, acarretando consequentemente em uma subnotificação dos casos de Covid-19, que nos deixa sem uma visão real da dimensão da crise sanitária para poder combate-la, as regras do jogo do mercado capitalista permitem que empresas privadas extraiam mais e mais lucros sobre a situação de calamidade.

A Cepheih se preocupa em aumentar seus lucros se aproveitando de uma pandemia que leva a vida de milhares pelo mundo. Ao invés de colocar seus recursos a serviço da população para distribuição massiva de testes rápidos e baratos, jogam o preço nas alturas com um aumento absurdo de mais de 6 vezes para superfaturar absurdamente em cima dos testes que custam apenas US$3.

É absurdo que empresas da indústria farmacêutica aproveitem para patentear e fazer especulação sobre medicamentos, testes ou vacinas desenvolvidos para combater a pandemia de Covid-19! A ação gananciosa da Cepheid nos mostra claramente que não são os capitalistas, empresários e gerentes das fábricas, sob uma lógica irracional do capitalismo, que poderão dar uma saída para essa crise.

A testagem massiva é a mais central das demandas imediatas para os trabalhadores para enfrentar a crise e só poderá entrar em prática quando a indústria se voltar para a produção massiva de testes rápidos para a Covid, assim como os institutos e laboratórios de pesquisa tanto privados e públicos. É possível que todos tenham direito ao acesso dos testes, mas as vidas devem vir primeiro e não os lucros dos capitalistas! Por isso os trabalhadores são os que podem dar uma saída à crise, com o controle operário da indústria farmacêutica brasileira para que ela se volte para a produção massiva de testes e deixar de obedecer aos interesses capitalistas do mercado. O mesmo precisa ser feito com as fábricas capazes de produzir respiradores.

Isso deve ser acompanhado de um programa imediato para a saúde, com centralização de todo sistema de saúde, incluindo toda saúde privada (desde os grandes laboratórios até as clínicas hospitalares e hospitais privados), sob gestão pública e controle dos trabalhadores e especialistas para garantir o atendimento de toda a população, construindo novos leitos de UTI e contratando profissionais da saúde que estejam desempregados, com a reincorporação de todo pessoal médico e da enfermaria despedido nos últimos anos.

 
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