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Secom apaga postagens e finge que campanha bolsonarista contra quarentena nunca existiu
Redação

Mantendo sua tradição negacionista, a Secretaria de Comunicação do governo apaga as postagens da Campanha #oBrasilNãoPodeParar e nega a existência da mesma.

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O negacionismo do governo Bolsonaro parece ir cada vez mais longe. Após falar que era "só uma gripezinha", o governo seguiu negando a gravidade da notícia e lançou a campanha #oBrasilNãoPodeParar, para que se suspendesse as medidas de isolamento e restrição que estão vigentes. Após a campanha ser fortemente questionada e inclusive judicialmente, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) apagou as postagens e em nota divulgada neste sábado, apesar das inúmeras imagens das postagens que circulam amplamente, negou que a campanha jamais tivesse existido.

O mesmo foi o caso do vídeo relativo à campanha que circulou na internet nessa semana. A Secom chegou a admitir tê-lo elaborado, mas segundo o órgão, tratava-se de uma peça experimental, que não chegou a ter aprovação do governo. Uma posição no mínimo difícil de sustentar quando o vídeo em questão fou tuitado por Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

Nos últimas dois dias, foram registradas carreatas organizadas por empresários, exigindo a suspensão das medidas restritivas, e se apoiando no material da campanha, assim como no discurso de Bolsonaro. As carreatas foram, em sua maioria, bastante fracas.

Após o discurso de Bolsonaro na terça feira, no qual pedia o fim do isolamento social e a retomada da "normalidade", vários trabalhadores de diversos ramos denunciaram que as empresas os estavam pressionando a voltarem ao trabalho.

É evidente que o negacionismo de Bolsonaro não é um delírio e sim uma estratégia do presidente, de - se apoiando no desespero dos setores mais precarizados - garantir os lucros dos capitalistas. É um discurso que reflete os anseios de parte da podre e sanguinária burguesia nacional, em especial de donos de cadeias de comércio, de que seus já extremamente precarizados logistas voltem a se expor a infecções, em pleno momento de crescimento vertiginoso no número de infecções, arriscando sua saúde e aquela de seus familiares para garantir o lucro dos varejos.

Também não podemos nos iludir com as falas de Maia, ou de governadores que se elegeram na onda bolsonarista, como Doria, Witzel. Apesar de se colocarem contra a postura de Bolsonaro de minimizar o vírus, ambos estão juntos quando o assunto é atacar a classe trabalhadora. Não a toa, Dória aplaudiu a MP da morte de Bolsonaro que permitia suspender os contratos e os salários.

Frente a pandemia é necessário que os trabalhadores montem um verdadeiro plano de guerra na crise e contra Bolsonaro

 
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