No dia 19 de Março a Companhia Siderúrgica Nacional declarou em nota que iria manter a sua operação, o que significa na prática que seus trabalhadores não teriam o direito de fazer quarentena para se protegerem do vírus. Por mais que a empresa justificasse que tomaria “medidas de segurança”, como higienização, mas sem citar testes, o fato é que primou a pressão pelo lucro dos acionistas as custas da saúde dos trabalhadores, como ficou claro na declaração da própria empresa:
“Seguimos a normalidade na Usina Presidente Vargas, tomando medidas crescentes para proteger os nossos colaboradores e a sociedade local. Acreditamos que estamos dando nossa contribuição para a preservação dos empregos e da economia local e nacional. Estabelecemos um Comitê de Crise para monitoramento dos acontecimentos em tempo real e para podermos atuar com maior eficiência e eficácia”
Um semana após este anuncio, os casos de infectados por Corona Vírus em Volta Redonda dispararam, alcançando 101 casos suspeitos, 18 confirmados e 2 mortes suspeitas, fazendo deste o terceiro município com maior numero de casos no Rio de Janeiro, atrás apenas do Rio de Janeiro e Niterói. Somente após esta explosão de casos, claramente correlacionada com o descaso da CSN, é que a empresa anunciou a liberação de 2 mil trabalhadores. Mas prefeitura da cidade segue reivindicando uma quarentena que absolutamente não será eficaz enquanto não se estender aos milhares de operários da CSN, a maior indústria da região, e enquanto não houver testes massivos.
Este é o resultado da "normalidade" capitalistas: o lucro garantido dos patrões em cima da exploração e do sofrimento dos trabalhadores. É preciso testar imediatamente todos que tenham quaisquer sintomas, que tiveram contato ou que queiram ser testados, para que haja a identificação o mais rápido possível de todos os casos para planificar uma quarentena realmente eficaz e assim evitar que haja a contaminação dos trabalhadores e seus familiares. Além disso, a Usina Presidente Vargas deveria estar a disposição de reorganização da produção, para que sob o controle dos trabalhadores produzir respiradores, leitos, insumos para lidar com a crise da Saúde e atender as demandas da emergência imposta pelo Corona Vírus.
O Esquerda Diário está a disposição de trabalhadores de qualquer categoria que queiram denunciar o descasos dos patrões com sua saúde, de sua família, e suas condições de vida e trabalho.
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