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CRISE ECONÔMICA
Cinismo multilateral: FMI e Banco Mundial pedem que credores adiem o vencimento das dívidas de países pobres
Redação

A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, e o presidente do BM, David Malpass, pediram aos detentores de dívidas de países pobres que adiassem suas cobranças. Eles mantém que é "imperativo causar uma sensação global de alívio" e dar um sinal para "mercados" diante da crise causada pela pandemia.

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Fotografia: EFE/ERIK S. LESSER/Archivo

Nesta quarta-feira, os chefes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), Kristalina Georgieva e David Malpass, emitiram um comunicado conjunto pedindo que credores bilaterais suspendam a cobrança de dívidas de países pobres, para "ajudá-los” em termos de liquidez a combater a pandemia de coronavírus.

É provável que o surto de coronavírus tenha sérias consequências econômicas e sociais para os países da AID, onde vive um quarto da população mundial geral e dois terços da população mundial em situação de extrema pobreza, afirma o comunicado.

76 países pertencem à Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla em Inglês), uma entidade que faz parte do Banco Mundial e agrupa os países mais pobres do planeta, nos quais se concentra 66% da população mundial que vive em situação de extrema pobreza. Alguns deles são: Gana, Quênia, Mongólia, Nepal, Paquistão, Kosovo e Uzbequistão, República Dominicana, Haiti, Honduras e Nicarágua, entre outros.

"Com efeito imediato, e de acordo com as leis nacionais dos países credores, o Grupo do Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional exigem que todos os credores bilaterais oficiais suspendam o pagamento da dívida dos países da AID que solicitam tolerância. Isso ajudará com as necessidades imediatas de liquidez dos países da AID para enfrentar os desafios colocados pelo surto de coronavírus e permitirá tempo para uma avaliação do impacto da crise e das necessidades financeiras de cada país”, acrescenta o comunicado das agências.

Finalmente, "o Grupo Banco Mundial e o FMI acreditam que, neste momento, é imperativo proporcionar um sentimento global de alívio aos países em desenvolvimento, bem como um forte sinal para os mercados financeiros", asseguraram ambas as entidades.

A medida não se aplica à Argentina, que continua a renegociar uma dívida odiosa e impagável com credores privados. Tampouco elimina as dívidas dos países mais pobres do mundo, apenas estende os termos para pagar a dívida devido à pandemia em curso.

Este artigo foi originalmente publicado em La Izquierda Diario. Tradução para o português: Guilherme Cantarelli

 
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