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CORTES NA EDUCAÇÃO
Bolsonaro corta mais bolsas de pesquisa da pós-graduação de importantes universidades do país
Redação

Em meio a pandemia do coronavírus, o governo obscurantista de Bolsonaro ataca as bolsas de pesquisa, cortando mais de 150 bolsas só na Unicamp e mais 550 bolsas na UFSC. Enquanto isso, injeta bilhões no mercado financeiro para salvar grandes fortunas.

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O mês de março não está sendo fácil. Em meio a pandemia do coronavírus que assola o mundo inteiro, o governo brasileiro, com Bolsonaro a frente, tem atacado a área de pesquisa ao cortar bolsas das universidades. Sabe-se que desde o início desse governo, somam quase 8 mil bolsas perdidas, cerca de 50% do que era disponibilizado anteriormente. Somente no ano passado cortou 87% do orçamento do CNPq previsto para 2020, cortando metade do orçamento da Capes para esse ano e mais de 15 mil bolsas vigentes em 2019.
Hoje, menos de 40% dos pesquisadores atuam sem qualquer remuneração, além do fato de que desde 2013 não há reajuste no valor das bolsas, que se desvalorizaram cerca de 33%, contando o acúmulo de inflação desde aquele período.

Em meio a toda essa desvalorização das Universidades e de seus pesquisadores, o governo obscurantista de Bolsonaro vem fazendo mais ataques. No dia 18 de março, a CAPES publicou a Portaria Nº 34 de 9 de março, que previa um drástico corte nas pesquisas científicas, afetando as áreas de Pneumonologia, decisivas para a batalha contra o coronavírus. Só na Unicamp cortou mais de 150 bolsas de pesquisadores em nível de doutorado e mestrado, em meio a essa pandemia, em que essas mesmas bolsas que foram cortadas poderiam ser e são a linha de frente em pesquisas que possibilitam uma solução em meio a esse caos.

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unicamp divulgou nesta quarta-feira (25) comunicado sobre o novo modelo de concessão de bolsas para os programas de pós-graduação stricto sensu da Capes, se mostrando contra e revelando ainda que o governo publicou uma nota que se mostra mentirosa sobre as bolsas.

“A pós-graduação em Engenharia Elétrica, considerado um programa de excelência, perdeu 21 bolsas de doutorado e 19 de mestrado. Em outras universidades como a UFSC o corte atingiu 572 bolsas, aproximadamente 25% do total. (...) Na prática, a portaria traz prejuízos não somente aos cursos que tiveram suas bolsas cortadas, mas também aqueles que tiveram saldo positivo de acordo com o novo critério, pois não há tempo hábil para que os programas convoquem novos alunos. É inadmissível que a política desastrosa do Ministério da Educação continue a afrontar a gestão dos programas de pós-graduação com novos cortes, comprometendo todo o sistema de educação, ciência, tecnologia e inovação do país”, declara a APG (Associação de Pós Graduandos).

Para a entidade, esses cortes e concessões podem levar o colapso do sistema de pós-graduação em pleno período de pandemia. Tais pesquisas poderiam estar voltadas para descobrir métodos rápidos e eficazes de detecção do vírus que fossem amplamente difundidos para a população. Mas o governo parece estar mais preocupado em investir dinheiro não na ciência, pesquisa, educação e saúde em meio a essa pandemia, e sim salvar a pele de empresas milionárias quando na terça-feira, 24, o Banco Central divulgou que injetará R$1,2 trilhão no mercado financeiro para socorrer as fortunas e os lucros dos mais ricos.

Em nova Portaria declarada pelo governo, a Nº 1.122, de 19 de março, as Ciências Humanas não são incluídas como prioritárias para projetos de pesquisa, escancarando o ataque à ciência e ao pensamento crítico por parte do governo bolsonarista e terraplanista.

Diante de todos esses ataques que o governo vem fazendo, nessa terça-feira (24), Bolsonaro fez um posicionamento se colocando contra os especialistas e pesquisadores da área, tratando a pandemia e o vírus que já matou centenas de milhares de pessoas em todo o mundo como uma “gripezinha”, mostrando seu total descaso às pesquisas e à própria população. A declaração em rede nacional só reforça como seu governo é obscurantista, que nega a ciência e a pesquisa, o que se expressa nesse último corte das bolsas, parte de todo um projeto de precarizar, privatizar e deixar cada vez mais a educação a serviço dos interesses das grandes empresas e não das necessidades dos trabalhadores, da juventude e da população pobre.

 
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