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Pela revogação imediata da MP de Bolsonaro que faz trabalhadores pagarem pela crise do coronavírus
Redação

Enquanto todos aceitamos o isolamento em casa para diminuir a curva na esperança de que o sistema de saúde precário que temos não entre em colapso, os bancos e as grandes empresas seguem com suas fortunas intactas. Trabalhadores olham para um futuro próximo de fome nos próximos meses diante da MP editada por Bolsonaro na noite desse domingo (22), que embora tenha recuado em deixar os trabalhadores sem salário segue sendo um ataque brutal.

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A medida provisória promulgada por Bolsonaro na madrugada de ontem (22) abre um cenário de fome e mais mortes para a classe trabalhadora. Embora Bolsonaro tenha voltado atrás em permitir aos patrões suspender o contrato de trabalho por 4 meses sem pagar salários, devido a imensa repercussão negativa da MP nas redes hoje pela manhã, a mesma mantém uma porção de ataques como poder demitir sem pagamento dos 40% sobre o FGTS, dar férias coletivas sem a necessidade de comunicar o sindicato, avançar sobre o banco de horas fazendo com que os trabalhadores fiquem devendo horas "eternamente" entre outras medidas bizarras que permitem inclusive demissão sumária de trabalhadores doentes. Enquanto isso os bancos que vem tendo lucros recordes nos últimos anos, e as empresas que enriquecem às custas do trabalho cada vez mais precário tem suas fortunas resguardadas e protegidas pelo governo Bolsonaro.

O cenário é de guerra contra a classe trabalhadora e os setores mais pauperizados da sociedade, abrindo-se um espectro de mais mortes, se não pelo coronavírus, pela fome, desnutrição e por todas as consequências que a miséria trará. Não se trata de uma guerra do Estado contra a disseminação do vírus e por atendimento aos infectados.

Se estamos numa guerra contra o COVID-19, como dizem os chefes de Estado, as indústrias deveriam estar massivamente voltadas para produzir respiradores, máscaras, luvas, álcool gel, testes para a identificação e devido isolamento de infectados e tudo o mais necessário para salvar vidas. Assim como durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, vários países converteram grande parte de suas forças produtivas para a produção de armas e munição.

Se estamos em guerra contra o COVID-19 a lei do teto de gastos que congelou recursos para eduação e saúde para os próximos 20 anos deveria ter sido revogada imediatamente, os trilhões enviados aos credores da fraudulenta dívida pública deveriam imediatamente estar servindo para construir novas UTIs e abrigos de quarentena.

O capital dos bancos e empresas deveria estar sendo confiscado para que todos os recursos possíveis estivessem a serviço das vidas. Ao invés disso o que o governo Bolsonaro faz é fortalecer o isolamento com o aumento do autoritarismo policial, em especial nas periferias, e cria medidas para salvaguardar o capital das empresas e dos bancos descarregando ainda mais a crise criada pelo capitalismo nas costas dos de baixo.

O capitalismo e a burguesia representada por Bolsonaro e Guedes não possuem as mínimas condições de responder à altura dos eventos. Mais do que nunca é preciso pensar em estratégias organizadas desde os mais interessados em combater a pandemia, que é a população mais exposta.

Organizar desde cada local de trabalho a produção e a distribuição de tudo o que for necessário para, em última instância, evitar a morte de milhares de pessoas. Organizar um plano emergencial de pensões e assistência social. Para isso é preciso, por meio da luta de classes, exigir antes de mais nada, a revogação total dessa MP da morte, o confisco dos bens dos grandes sonegadores, o fim das isenções fiscais, impostos progressivos sobre as grandes fortunas, o fim do pagamento da dívida pública, e estatização de todo o sistema privado de saúde e colocar todo o sistema de saúde sob controle dos trabalhadores, estatização de toda a rede de bancos também sob controle dos trabalhadores, para que assim o lucro não esteja à frente de nossas vidas.

A frase: "nossas vidas valem mais do que os lucros deles!" nunca fez tanto sentido como agora.

 
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