Sobre isso Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP e militante do Movimento Nossa Classe, declarou:
"Enquanto a população adoece e morre, ao invés do governo fazer testes massivos para controlar o vírus, estatizar os leitos privados e colocar a produção industrial a serviço de produzir respiradores e materiais de trabalho básicos aos trabalhadores da saúde, como máscaras, luvas e até o álcool em gel que está em falta, Bolsonaro aprova uma PM suspendendo o salário de milhões de trabalhadores, uma verdadeira MP da fome. Ele deseja impor aos trabalhadores um destino de fome e mortes com sua nova MP".
Maíra Machado, professora da rede estadual e também militante do Movimento Nossa Classe, declarou ainda que "Esse novo ataque é totalmente perverso, pois coloca o trabalhador refém dos patrões, uma vez que congela seus salários mas mantém o vínculo com as empresas, não permitindo que o trabalhador tenha qualquer rescisão. Serão 4 meses sem salário. Isso levará os trabalhadores a irem buscar desesperados formas alternativas de sustento, como o trabalho informal nas ruas, expondo eles ainda mais aos riscos do coronavírus. Se o trabalhador não morrer pela pandemia, pode morrer de fome com essa MP. Por isso devemos exigir a imediata revogação dessa Medida Provisória, além de exigir que os trabalhadores pertencentes a grupos de risco tenham licença remunerada imediatamente".
|