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CORONAVÍRUS
Nas favelas população tenta fazer álcool em gel caseiro, sem possibilidade de quarentena
Redação

Denúncias feitas pelo jornal Folha de São Paulo nesse domingo (22) escancaram a barbárie do capitalismo sob a crise do coronavírus e o preço que os trabalhadores pobres, principalmente moradores das favelas, pagam. Um dos entrevistados pela Folha, Alex Carlos dos Santos, morador da favela Monte Azul, zona sul de São Paulo, expõe a situação em que vive: uma casa de um cômodo para dez pessoas. Segundo Alex, que trabalha vendendo bala nos semáforos, ele está ciente do perigo da doença e dos cuidados necessários, mas precisa sair de casa todos os dias ou então seus filhos morrem de fome.

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Denúncias feitas pelo jornal Folha de São Paulo nesse domingo (22) escancaram a barbárie do capitalismo sob a crise do coronavírus e o preço que os trabalhadores pobres, principalmente moradores das favelas, pagam. Um dos entrevistados pela Folha, Alex Carlos dos Santos, morador da favela Monte Azul, zona sul de São Paulo, expõe a situação em que vive: uma casa de um cômodo para dez pessoas. Segundo Alex, que trabalha vendendo bala nos semáforos, ele está ciente do perigo da doença e dos cuidados necessários, mas precisa sair de casa todos os dias ou então seus filhos morrem de fome.

A OMS indica como itens de higiene pessoal máscaras e álcool em gel, itens esses que passam longe do dia-a-dia dos moradores das favelas. Como vemos rodar nas redes sociais nos últimos dias, a barbárie é tamanha que as pessoas estão tentando fabricar álcool em gel em casa, produto esse que só pode ser feito em laboratório químico e que, quando fabricado em casa, é ineficaz e até mesmo perigoso, portanto, deveria, no mínimo, ser distribuído à população de forma gratuita e sem restrições.

Algumas medidas emergenciais precisam ser tomadas nas favelas brasileiras, como o funcionamento dos serviços de saúde; testes massivos em todas as regiões; um salário integral que garanta condições básicas para as famílias, fazendo com que pessoas como Alex não precisem se expor, e toda a família, diariamente ao risco; abrigos adequados para que a população possa se isolar; e acesso a um sistema de saúde 100% gratuito e de qualidade.

Precisamos exigir uma reorganização da economia nacional, de forma que grandes indústrias funcionem a serviço do combate à crise, fabricando respiradores, máscaras, remédios, álcool em gel, que devem ser distribuídos a todos. Para isso, os trabalhadores precisam tomar as rédeas da resolução da crise nas suas mãos, controlando a produção nas fábricas e toda a estrutura de saúde, já que Bolsonaro e todos os governos já demonstraram que deles vai vir desemprego, miséria social, e nenhuma resolução real para crise, mantendo os lucros dos grandes empresários enquanto os números de mortes seguem se acelerando.

Medidas a altura de fazer com que os trabalhadores precarizados e autônomos tenham acesso a testes para saber se estão infectados, e possam cumprir a quarentena com garantia de direitos trabalhistas para não propagar o vírus, têm que ser postas em prática urgentemente. É preciso desde já construir leitos, a começar por expropriar e reativar hospitais que foram fechados. Além disso, toda a estrutura de leitos, leitos de UTI e respiradores da iniciativa privada também devem estar disponíveis ao SUS, sem nenhuma indenização.

 
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