Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde têm sido linha de frente na batalha contra o coronavírus em todo o mundo. Mesmo em condições extremamente precárias, mal remunerados e sem o aporte de recursos essenciais para atendimento, essa classe tem sido protagonista na contenção do alastramento do vírus. Porém, a naturalização dessa dedicação independente das condições é absurda e apenas serve para o aprofundamento da precarização dos postos de trabalho e do sistema de saúde.
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A salva de palmas na janela é uma forma de reconhecimento da importância dessa categoria, porém é preciso ir muito além. A resposta para essa crise sanitária passa pelo enfrentamento da estrutura capitalista, que transforma a saúde e as pessoas em mercadoria, a serviço do lucro de uma minoria.
Em meio à pandemia, é urgente a contratação emergencial de profissionais e investimento em equipamentos. Para isso, a anulação da PEC do Teto de Gastos é essencial, visando a implementação de um sistema único de saúde unificado e centralizado que seja 100% estatal, sob controle dos trabalhadores em parceria com a população.
Ainda, é preciso que se amplie os leitos que são do sistema privado de saúde por parte desse mesmo sistema unificado dos trabalhadores. Junto com isso é preciso urgentemente a liberação de testes de coronavírus para todos os profissionais da saúde e a população que apresenta sintomas. Apenas com os trabalhadores com base na sua auto-organização tomando a frente da situação com todas as materiais básicos de segurança (álcool em gel, máscaras) pode ser capaz de dar uma saída para essa crise e salvar vidas.
Exigimos a garantia de condições plenas, contratações de trabalhadores da saúde terceirizados e desempregados como efetivos, além de estudantes de saúde com treinamento para poder dar conta desta crise que está instalada.
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