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CORONAVÍRUS
Empresas querem lucrar vendendo 640 mil testes do covid-19 enquanto faltam testes no SUS
Redação

Anvisa aprova seis empresas para produção e venda de oito testes rápidos do COVID-19, enquanto faltam testes no SUS.

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Nesse cenário de COVID-19, a mensagem principal do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus é: “testar, testar e testar. Você não consegue parar essa pandemia se não souber quem está infectado”. Porém, a recomendação dada aos países para prevenção e contenção do avanço da doença não tem sido seguida pelo governo brasileiro. O plano falho de contingência do Ministério da Saúde revela que os testes serão feitos somente nos casos mais graves de pacientes que já se encontram na UTI, não agindo de forma incisiva na prevenção da doença.

A realização de testes em massa na populaçãoé fundamental, permitiria o rastreamento e isolamento dos possíveis portadores assintomáticos, o que iria gerar uma maior eficiência na quarentena e a possibilidade de um controle maior da pandemia naquele país, como aconteceu na Coréia do Sul, onde foram realizados testes massivos.

Enquanto o governo vai contra a recomendação da OMS e restringe o testes massivos, Anvisa aprova seis empresas para produção e venda de oito testes rápidos do coronavírus. Inicialmente, as empresas esperam vender 640 mil kits no Brasil, mas tem data de entrega incerta já que dependem de importação de material da Coréia e China para produção dos testes em fábricas brasileiras. A redução dos trechos dos aviões cargueiros e alta do dólar são apontados como barreiras para a chegada de matérias primas nos próximos meses. As empresas são: Celer, Biocon, Única, Medlevensohn, Ebram e QR Consulting.

É o capitalismo na sua forma mais cruel, a saúde disposta nas mãos e a serviço do lucro, enquanto deveria ser um bem garantido de forma ampla e de qualidade a todos e não apenas aos que podem pagar por ela. E além de tudo, são as grandes empresas lucrando em cima da doença e todas as dificuldades que ela traz. Os lucros capitalistas não valem mais que nossas vidas.

Dados nos mostram que na Coréia do Sul onde foram adotados testes massivamente, apenas 0,7% dos casos foram fatais e a contenção foi mais eficaz, ao passo que na Itália as mortes chegaram a 6,1% dos casos.Toda essa questão entrono da discussão dos testes, nos mostram duas coisas. Primeiramente, é inegável que a utilização dos testes em massa é eficaz no controle da doença. Segundo, que se há conhecimento científico e capacidade humana suficiente para produzir 8 diferentes tipos de testes, que seja pela gestão dos trabalhadores e para os trabalhadores.

É um absurdo que as empresas estejam se aproveitando dessa situação para lucrarem com uma doença que vem afetando os países em uma escala global e deixando tanta gente em situação de vulnerabilidade.

Por isso, é importante defender a aplicação de testes em massa, a partir do programa de um SUS 100% estatal que nacionalize as indústrias farmacêuticas e centralize o sistema de saúde, geridos pelas mãos dos trabalhadores, sob gestão pública para que ninguém sofra com a falta de exames, insumos e leitos necessários para o tratamento. Falta essa fruto do desmonte da saúde pública que vem ocorrendo a anos e foi agravada com a EC 55/2016 que congelou os investimentos a saúde desde então.

 
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