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Trabalhadores de call center paralisam exigindo seu direito à saúde contra o descaso patronal
Redação

Em salvador, na manhã de quinta-feira trabalhadores de uma call na capital fizeram protesto contra o fato de seus empresas além não oferecerem os equipamentos mínimos de segurança contra o corona vírus – álcool em gel e mascaras -, também obrigam os funcionários a trabalharem em condições perigosas de contaminação, ficam apertados em sala com mais de 300 pessoas (algumas gripadas!!!) e compartilhando equipamentos

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Nessa quinta-feira de manhã (19), em Salvador, trabalhadores de um empresas de call center, localizada na região do Iguatemi, paralisaram as atividades e realizaram uma manifestação. A pauta era as perigosas condições de trabalhado que a empresa os colocava: sem disponibilizar álcool em gel e mascaras, além de manter os funcionários em uma única sala com mais de 300 pessoas, trabalhando todo o turno lado-a-lado.

“Esse atendimento é de call Center do INSS. O INSS parou e nós atendentes não paramos. Sugerimos pelo menos um rodízio de pessoas e nem isso eles aceitaram”, explica a funcionária Valquíria Maria, de 51 anos.

As 10h o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação da Bahia (Sinttel) chegou no local e definiu que os trabalhadores deveriam suspender suas atividades por 24h e também chamaram para uma reunião as 20h dessa sexta.

“Conseguimos que fossem liberadas apenas as grávidas e maiores de 60 anos, mas os demais, inclusive muita gente gripada, permanece. Então, resolvemos parar e estamos esperando o sindicato para nos apoiar também”, disse um dos trabalhadores.

“É uma falta de respeito! Nós, da comissão dos funcionários, estamos representando mais de 2 mil pessoas”, disse outro funcionário.

No mesmo bairro, também houveram outra manifestações do setor. Esse quadro mostra tanto as condições absurdas que as empresas colocam seus trabalhadores, descumprindo com as orientações do especialistas das área da saúde e colocando os trabalhadores, jovens precarizados que em muito foram atacados pelas reformas do Governo Bolsonaro, e também toda a comunidade em risco. Mas, também podemos ver o início de mobilizações dos trabalhadores contra tais condições de trabalho, algumas que tem ocorrido com força em Portugal – indicativos de greves em Lisboa já fora tirados pelos trabalhadores de call center.

A ditadura patronal que se coloca aos trabalhadores devem ser respondidas por meio da auto-organização dos trabalhadores, tomando como exemplo as greves dos trabalhadores italianos, que têm lutado contra esses mesmos ataques feitos pelos patrões para manter seus lucros. Seguir o exemplo dos professores e trabalhadores de fábrica argentinos, que tem feito ações de solidariedade produzindo álcool em gel e mascaras para a comunidade, respondendo as reais demandas da população, pois deixar tais tarefas nas mãos das empresas fará com que os lucros dessas prevaleça sobre a real necessidade que se coloca: proteger a saúde dos trabalhadores e da população.

Para que a saúde dos trabalhadores e povo pobre seja de fato protegida, é necessário colocar o 100% SUS no controle dos trabalhadores da saúde sendo gerido pelo povo; que todos os recursos que vão para o pagamento da dívida pública, fraudulenta e ilegal, e também que estão nas mão das grandes clínicas privadas seja colocada para a expansão da estrutura de saúde pública e aumento a contratação de funcionários para que não haja sobrecarga; além da derrubada do Teto de Gastos e etc. Para que essas e outras ideias se concretizem é necessário que os trabalhadores de cada local de trabalho se organizem para dar essas e outras respostas, por nossas vidas valem mais que o lucro deles!

 
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