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CRISE E O CORONAVÍRUS
"No aeroporto temos mais medo da demissão do que do coronavírus", diz trabalhadora aeroviária
Redação

Este foi o relato de uma trabalhadora do aeroporto, onde todas as companhias aéreas estão restringido sua operação ameaçando o emprego de milhares de funcionários efetivos e das terceirizadas. A ameaça de desemprego é a forma como as empresas vêm descontando a crise do Coronavírus nas costas dos trabalhadores dos aeroportos.

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Nas últimas semanas o medo das demissões se intensificou, obrigando os funcionários a trabalharem em meio ao clima de medo e aceitarem tudo sem ter a certeza se seguirão na empresa. Como por exemplo, as empresas não estarem garantindo os insumos de proteção necessários, como mascaras, álcool e luva, atentando contra a própria integridade da saúde dos funcionários. No caso das terceirizadas da limpeza essa situação é ainda pior, as mulheres – na maioria – que garantem que o aeroporto fique limpo, são privadas de terem acesso a higiene necessária frente ao vírus. Principalmente aquelas que limpam as aeronaves.

A LATAM já anunciou corte de 70% das suas atividades e a Azul 50%, ainda não há informações sobre a Gol. Assim as empresas já anunciaram que terá licença não remunerada, que pode evoluir para demissão de fato. Obrigando que os trabalhadores tenham que se preocupar mais com a manutenção de seu emprego do que com suas condições de saúde frente a propagação da pandemia.

Leia mais: Coronavírus: nenhuma demissão ou licença não remunerada aos aeroviários!

Uma situação absurda que não só coloca os trabalhadores numa situação de estresse constante, diminuindo assim sua imunidade em um local totalmente exposto, como coloca uma perspectiva de um futuro imediato de desemprego, possível doença e dificuldade de conseguir outro serviço com a crise. Ou seja, centenas de trabalhadores se verão sem ter como sustentar suas famílias e pagar suas contas.

Em meio a tamanha crise, fruto de anos de descaso dos governos de todo o mundo com a saúde dos trabalhadores, a preocupação de Guedes é de que os bancos e as grandes empresas sigam lucrando, enquanto a tendência é que o vírus se propague com grande rapidez nas próximas semanas.

Num momento de vulnerabilidade muito maior para a vida daqueles que trabalham e dependem do sistema público de saúde, é ainda mais absurdo que as empresas façam com que famílias inteiras fiquem sem ou diminuam suas rendas.

Frente a isso é necessário que o Estado e a empresa garantam de forma gratuita tudo que for necessário para a prevenção contra o vírus, como luvas, máscaras, distribuição de álcool em gel e os kits de teste para que todos aqueles que precisarem possam saber se foram infectados. Além disso, exigimos que os sindicatos organizem os trabalhadores para defender os empregos, que não haja nenhuma demissão e que as pessoas tenham direito a licença remunerada caso estejam no grupo de risco.

Essa organização dos trabalhadores também deve exigir que as empresas abram seus livros de conta, pois enquanto a chefia fala em crise e que todos tem que fazer sacrifício, os altos cargos da empresa seguem mantendo seus milhões que acumularam por anos as custas da exploração do trabalho, que se intensificou com a reforma trabalhista aprovada por Temer e aprofundada por Bolsonaro. As companhias aéreas já estão pedindo auxilio do governo, esse dinheiro publico não pode ser para os acionistas e empresários, mas sim para garantir a saúde, o emprego e o salário dos trabalhadores.

Medidas que devem estar em conjunto com o aumento de investimento na saúde pública, com a revogação da lei do teto e gastos para que seja garantida a contratação de mais médicos e enfermeiros e leitos de UTI para todos aqueles que precisarem.

 
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