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É necessário que os aparelhos da saúde estejam a serviço do combate ao coronavírus
Redação

No Brasil, todos os aparelhos de saúde deveriam se centralizar para atender os casos emergências .

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Frente a ao Coronavírus que chegou ao Brasil e já gerou duas mortes em idosos, quais medidas poderiam ser tomadas para ampliar o sistema de saúde e atender a todos os necessitados?

O Coronavírus chegou ao Brasil e já deixou boa parte da população brasileira com vários receios de como podemos enfrentar essa crise. As primeiras declarações de Bolsonaro e suas ações posteriores deixam a desejar sobre a seriedade do caso, se num primeiro momento ele declarou que a pandemia era apenas uma fantasia, posteriormente incentivou as manifestações em apoio de fechamento do congresso e em apoio da ditadura no dia 15, mesmo estando sob suspeitas de ter contraído a doença.

Como sabemos, o SUS (Sistema Único de Saúde) é uma vantagem que temos em relação a muitos países, já que é um dos poucos sistemas no mundo que garante o acesso à saúde de forma gratuita, independentemente de classe social, raça, sexo, etc. Por outro lado, existe uma precarização do SUS, fruto de um projeto para incentivar as grandes empresas da saúde e defasem de contratação de funcionários da áreas e leitos de UTI, das quais os sistemas de saúde privados se aproveitam para argumentar que o problema é uma saúde pública e gratuita, mas não sua administração e falta de recursos, já que visam somente seus lucros, mesmo no momento crítico em que estamos passamos.

Por isso, frente a urgência de uma rápida ampliação do sistema de saúde, é mais que necessário a centralização e estatização de todo sistema de saúde, incluindo toda saúde privada (desde os grandes laboratórios até as clínicas hospitalares e hospitais privados), sob gestão pública e controle dos trabalhadores e especialistas, para que os estados garantam a distribuição gratuita de tudo que for necessário para a detenção temporária da infecção e todas as instalações necessárias para receber os eventuais infectados que necessitem de internação: confiscando todas as salas que faltarem (hotéis, etc.) e provendo respiradores (mediante produção de emergência, importação, etc.).

Segundo o Relatório da Situação dos Hospitais Privados no Brasil da Federação Brasileira de Hospitais “em 2019, no mês de janeiro, o Brasil contava com 4.267 hospitais privados, a maior parte distribuída na região Sudeste (1.786 hospitais), seguida pela região Nordeste (938 hospitais) e pela região Sul (846 hospitais).” Porém, “as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste apresentam alta proporção de hospitais privados com fins lucrativos, enquanto a região Sul tem maioria dos hospitais privados sem fins lucrativos e a região Sudeste tem aproximadamente metade de cada tipo de hospital privado.” Sendo, em contraposição, 2.435 a quantidade de hospitais públicos no Brasil.

Além disso, “em relação à existência de leitos em hospitais privados, no mês de janeiro de 2019, o Brasil contava com 260.695 leitos privados, a maior parte distribuída na região Sudeste (120.901 leitos), seguida pela região Sul (58.826 leitos) e pela região Nordeste (47.916 leitos)”

Ou seja, em boa parte dos lugares mais precários que se concentram os hospitais privados com fins lucrativos, a população trabalhadora e mais pobre não terá acesso a esses, enquanto o SUS também terá dificuldades em atender todos os casos. Mas, com a abertura dos hospitais privados para toda a população sem contrapartida financeira do estado é possível ampliar o acesso, junto com maiores contratações de funcionários da saúde e equipamentos de respiração e materiais que auxiliam na prevenção e cuidados da população.

Também é fundamental que as empresas estejam a serviço de fornecer seus equipamentos e materiais produzidos para todos. Havendo assim uma expropriação de máscaras, álcool em gel e equipamentos de respiração para abastecer os hospitais e postos de saúde. Por exemplo, a Medtronic, uma das líderes mundiais em tecnologia médica, estando em mais de 150 países, poderia ser uma das expropriadas, não só no Brasil, mas nos diversos países que está instalada.

Ademais, a própria Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos que impedi que milhões de reais que hoje poderiam ser investidos na saúde e no combate ao vírus, vai para pagar a dívida pública, uma dívida ilegal e fraudulenta que devemos parar de pagar, já que ela organiza todo orçamento público para ir aos bolsos dos banqueiros e capitalistas. Defendemos, ainda, a liberação de todos os trabalhadores sem corte de salários ou demissões. Nossa saúde vale mais que os lucros deles.

 
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