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CORONAVÍRUS
Guedes lança plano emergencial hipócrita contra coronavírus
Redação

Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, anunciou ontem, quinta (12), pacote de medidas que coloca em primeiro plano a diminuição dos impactos econômicos causados pelo coronavírus e não pretende dar conta do alastramento da crise.

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As primeiras medidas dessa hipocrisia são diretamente para responder a área da saúde, como antecipar para abril o pagamento de 50% do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS; suspender a prova de vida dos beneficiários do INSS por 120 dias; propor ao Conselho Nacional da Previdência Social a redução do teto dos juros do empréstimo consignado em favor dos beneficiários do INSS; definição da lista de produtos médicos/hospitalares importados para ter preferência tarifária para garantir o abastecimento; priorizar desembaraço aduaneiro de produtos médicos/hospitalares. O ministro de Bolsonaro também instituiu grupo de monitoramento para avaliar possíveis ações para remediar os impactos da crise do coronavírus.

Em nota para a imprensa, o Ministério publicou: "A ideia é que o grupo detecte riscos potenciais e apresente soluções tempestivas, com medidas que mitiguem os impactos econômicos causados pela pandemia no Brasil". E também disse que "neste momento crítico, mesmo diante do exíguo espaço fiscal, o ministério buscará, em conjunto com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, a realocação ágil de recursos orçamentários para que não falte suporte ao sistema de saúde brasileiro".

Essa hipocrisia reside no fato de que foi esse mesmo Ministério que Guedes comanda agora, sob o governo golpista de Temer, aprovou a PEC do Teto de Gastos, que congela por 20 anos verbas para a saúde. Está declarado pela OMS que o coronavírus é uma pandemia global. 118 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus em 114 países, entre as quais 4.291 morreram.

Foi Bolsonaro quem, inclusive, deu declarações minimizando a doença, dizendo se tratar de uma crise "superdimensionada" que em sua opinião não é "isso tudo" e se trata muito mais de uma "fantasia". Essa é a "fantasia" descarrega ainda mais a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre. Se alastra e só os trabalhadores e a população podem dar a melhor saída.

É preciso exigir que hospitais de referência deveriam estar sendo designados para a população, onde os casos suspeitos poderiam ser avaliados, e em caso de confirmação, os pacientes terem acesso a um tratamento digno, ao invés de impor uma quarentena a amplas massas de pessoas, sem confirmação ou não, como faz o governo da Itália de maneira autoritária. O Estado capitalista, as empresas farmacêuticas e os empresários do sistema privado de saúde prepararam as condições para uma catástrofe sanitária contra o povo trabalhador, em nome de seus lucros e privilégios.

O governo e os capitalistas deveriam se encarregar dos custos das famílias trabalhadoras para obter cuidados às crianças, caso as escolas fechem, e que ninguém seja demitido durante a crise.

Nesse momento, a revogação do teto de gastos para que a saúde pública possa tomar as medidas necessárias é mais que essencial! Temos que tomar os trabalhadores italianos em greves espontâneas como exemplo contra políticas repressivas e autoritárias e até mesmo seus planos insuficientes.

É necessário defender juntamente com medidas imediatas emergenciais, a anulação da EC 55/2016, a revogação dos cortes na saúde e educação, e a necessidade de um sistema único de saúde que seja 100% estatal, sob controle dos trabalhadores em parceria com a população.

Veja mais: Quais medidas tomar contra o coronavírus, para que os trabalhadores não paguem pela crise?

 
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