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RIO GRANDE DO SUL
Com 36º no RS, Leite quer proibir uso de bebedouro nas escolas para “prevenir” coronavirus
Diego Nunes
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Em orientação enviada às escolas do Estado do Rio Grande do Sul a Secretaria da Educação pede que se interdite os bebedouros para evitar a proliferação do Coronavírus, solicita ainda que as direções orientem os alunos a trazer água de casa e não compartilhem as garrafas. Essa mensagem da SEDUC mostra como a secretaria vive distante da realidade escolar.

Como evitar o contato dos alunos? E caso fosse possível, como deixar sem beber água aquele aluno que esquecer de trazer de casa? Não poderiam antes, providenciar copinhos para o consumo individual? Não poderiam enviar equipes de saúde para as escolas para informar corretamente e orientar a todos? No caso do risco iminente do contágio, as aulas não deveriam ser suspensas ao invés de impedir os alunos de se hidratarem?

Essa decisão é absurda e bizarra, totalmente fora da realidade escolar que os professores conhecem. Leite vive em um mundo a parte da realidade da educação do estado. As aulas acontecem em salas de aula cada vez mais abarrotadas de alunos, com salas com até 40 alunos esmagados, onde todos respiram o mesmo ar... tudo isso devido à própria política do governo de fechamento de turmas. Querem interditar os bebedouros nesse calor insuportável que está fazendo? O que querem na verdade é massacrar com os alunos mais pobres. Não há condição alguma de minar as bases de contágio e ampliação do vírus com medidas desse jeito. Trazemos aqui algumas medidas básicas que deveriam estar sendo tomadas:

  •  Distribuição de álcool gel gratuito a todos os alunos, funcionários e professores;
  •  Aumentar a qualidade das merendas para fortalecer a resistência biológica dos alunos, com alimentação saudável e própria ao fortalecimento imunológico;
  •  Garantir que medidas de higiene básicas sejam feitas a todo momento para diminuir as possibilidades de contágio com sabonetes em todas as escolas do estado;
  •  Os hospitais fechados pelos governos devem ser reabertos, os hospitais privados precisam abrir seus leitos para todos os trabalhadores, idosos e jovens que precisarem sem custo nenhum;
  •  Pela contratação emergencial de equipes de saúde e colocar em funcionamento toda a capacidade ociosa dos hospitais e unidades básicas de saúde;
  •  É necessário mais verbas para dar conta de medidas emergenciais, e básicas, como essas. É preciso acabar com o congelamento de verbas. É possível arrecadar um montante necessário, por exemplo, através do confisco de bens dos sonegadores bilionários do estado, com quebra de seus sigilos bancários a fim de custear todas as medidas.

    O texto nesse link ajuda a pensar outras medidas dada a gravidade da situação

    A educação pública se encontra em frangalhos em nosso estado. Cada dia que passa, menos recursos chegam nas escolas. E tudo isso para manter a agenda de reformas e o lucro capitalista. Nossas vidas valem mais do que o lucro deles!

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