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Bolsonaro quer barrar a ampliação de programas sociais
Redação

O caso, agora, diz respeito a uma tentativa do governo de barrar as votações que avançam no congresso e que buscam ampliar os gastos em áreas sociais, mais especificamente no BPC (benefício de prestação continuada, que atinge principalmente idosos e pessoas com deficiência) e no Bolsa Família.

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No marco das disputas entre os poderes da república burguesa ou, como já colocamos nas páginas deste portal, a disputa entre os bonapartismos institucional e imperial, o governo Bolsonaro entra mais uma vez em rota de colisão com o congresso. O caso, agora, diz respeito a uma tentativa do governo de barrar as votações que avançam no congresso e que buscam ampliar os gastos em áreas sociais, mais especificamente no BPC (benefício de prestação continuada, que atinge principalmente idosos e pessoas com deficiência) e no Bolsa Família.

O governo já havia vetado parte do projeto aprovado pelo congresso, justamente na questão da ampliação desses benefícios sociais, mostrando, mais uma vez, a quem interessa as políticas ultraliberais que Bolsonaro leva adiante usando como escudo a figura do grande parasita Paulo Guedes, este último um especialista em transferir a riqueza gerada pelo suor das trabalhadoras e trabalhadores para a mão de grandes especuladores do mercado financeiro.

Esse novo embate entre o governo federal e o congresso é apenas mais um num cenário mais amplo de disputas sobre quem será o protagonista e manterá a hegemonia na manutenção do status quo do regime burguês. A resposta dos dois poderes para a classe trabalhadora é a mesma: aprofundar ataques, retirar direitos e manter o lucro dos grandes capitalistas globais; para que quem pague por essa crise profunda de um sistema em decadência sejamos nós, os trabalhadores, as trabalhadoras e os mais pobres e vulneráveis. O próprio Maia se orgulha em ter sido o principal articulador e responsável por aprovar a indigna reforma da previdência, em consonância com o governo Bolsonaro e Paulo Guedes.

Nas últimas semanas, temos visto fissuras cada vez mais abertas entre esses poderes, tendo, inclusive, um general do primeiro escalão do governo federal acusando o congresso de chantagear o poder executivo. Soma-se a isso a convocação de sua base eleitoral, por parte de Bolsonaro, para atos contra o congresso e o STF. Essas fissuras escancaram o que já foi dito: a disputa pela hegemonia de quem conseguirá levar adiante as reformas e os ataques à classe trabalhadora, e o nível de radicalização que estão dispostos a colocar - nas ruas inclusive - para implementar esses ataques.

Ainda que em determinados pontos - ou nas formas como implementá-los - o poder executivo e o legislativo entrem em embates constantes, medindo forças sobre quem levará adiante com maior ganho político as reformas pró-capitalistas, a verdade é que todos os poderes burgueses estão fechados e comprometidos entre si no que diz respeito a atacar e esmagar cada vez mais a classe trabalhadora e jogar o peso das crises sistêmicas do capitalismo nas nossas costas.

Nós, trabalhadoras e trabalhadores, não devemos depositar nenhuma confiança nas instituições burguesas para que resolvam essas crises, a realidade é que a manutenção desse sistema brutalmente desigual por parte dessa mesma burguesia que controla o público e o estatal é o que gera as crises; logo, é uma grande ilusão acreditarmos que a burguesia possa nos apresentar quaisquer saídas reais para superar essas crises. A classe trabalhadora é a única que pode encabeçar uma saída para essa crise e para esse sistema falido, se apoiando nos métodos da luta de classes e trazendo consigo todos os milhões de excluídos e oprimidos para alterarmos juntos todos os mecanismos burgueses de exploração que estão postos hoje dentro do capitalismo.

 
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