Donald Trump afirmou em uma entrevista nesta sexta (6), que se encontrará com Jair Bolsonaro em um resort na Flórida neste sábado. Segundo a Casa Branca, “o presidente usará a reunião como uma oportunidade para agradecer o Brasil por sua estreita aliança com os Estados Unidos”. A reunião, que é a quarta entre os dois presidentes desde a eleição de Bolsonaro, será fechada à imprensa e não serão feitas declarações públicas. Ainda segundo o governo americano, serão discutidas "oportunidades para construir um mundo mais próspero, seguro e democrático", com foco em assuntos como a crise na Venezuela, o Oriente Médio, políticas comerciais e investimentos em infraestrutura.

Bolsonaro ainda visitará a sede do Comando Sul, que é a unidade das forças armadas dos EUA responsável pela cooperação de segurança e operações militares na América Central e do Sul, para se encontrar com o almirante da Marinha estadunidense e outros líderes militares. Segundo a embaixada brasileira em Washington, serão discutidas parcerias de defesa e cooperação entre os países.
Por trás de todo esse discurso diplomático está a busca pela garantia dos interesses do imperialismo americano, que vê nas grandes empresas estatais brasileiras, como a Petrobras, uma fonte garantida de lucro mesmo durante a crise econômica para além de sua importância estratégica. O projeto privatista de Guedes se coloca à serviço de assegurar que os grandes capitalistas aumentem seus lucros, enquanto a população sofre com a precarização dos serviços públicos e a constante alta do custo de vida.

Desde os recentes levantes populares no mundo, especialmente na América Latina, Bolsonaro busca cada vez mais afinar sua política de autoritarismo. Chegou a dizer no ano passado, que utilizaria as Forças Armadas se ocorressem protestos no Brasil similares aos chilenos contra Piñera. O projeto bolsonarista, apoiado pelo governo dos Estados Unidos, não é apenas de entrega do país, mas também de repressão da classe trabalhadora com métodos mais autoritários.