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PIBINHO
Junto a humorista, Bolsonaro ri do fracasso do PIB enquanto 12 milhões estão no desemprego
Redação

O primeiro PIB de Bolsonaro é pior do que o último do ex-presidente Michel Temer. "PIB? O que é PIB? Pergunta para eles (jornalistas) o que é PIB", disse Bolsonaro ao humorista Márvio Lúcio, conhecido como Carioca, da TV Record.

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Imagem: Reprodução

Após resultado fraco do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, com crescimento de apenas 1,1% no ano, o presidente da República, Jair Bolsonaro, escalou um humorista para responder perguntas da imprensa sobre o ritmo da atividade econômica nesta quarta-feira, 4.

Em seguida, um jornalista reforçou que a pergunta era dirigida para o presidente, e não para o humorista. "Paulo Guedes, Paulo Guedes", reagiu Carioca. "Posto Ipiranga", sugeriu Bolsonaro ao humorista, rindo.

Vestido como Bolsonaro, inclusive com uma réplica da faixa presidencial, Carioca usou a estrutura da Presidência para oferecer bananas aos jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada - nenhum jornalista aceitou. O humorista também pediu para ser questionado pelos profissionais como se fosse o presidente, o que não ocorreu.

Depois, o próprio Bolsonaro apareceu e quis participar da encenação que foi combinada um pouco antes. Carioca participou de um café da manhã no Alvorada que reuniu o presidente, ministros e parlamentares do PSD.

Na conversa com o humorista, Bolsonaro afirma ser "agredido" pela imprensa e pede que ele "fale em seu lugar" em frente à residência oficial. "É impressionante que eles (imprensa) ficam me agredindo. Todo dia eles estão lá fora. Estou há duas semanas sem falar com eles. Fala no meu lugar. Vou te dar a palavra", disse Bolsonaro.

O vídeo do café da manhã de Bolsonaro com o humorista foi divulgada pelo site Folha do Brasil, que publica notícias favoráveis ao governo.

Milhões de brasileiros amargam o desemprego e a economia segue caminhando a passos lentos. O Brasil tem 28 milhões em condições de subemprego, somando à esse cenário catastrófico o crescimento cavalar dos postos de trabalho informais, enquanto isso, Bolsonaro faz graça e segue defendendo os empresários. Junto a Silas Malafaia, o presidente já havia debochado de desempregados, defendendo o "Programa para sentirem vida dura" dos patrões.

Quando indagado por jornalistas sobre riscos na negociação com o Parlamento em relação ao Orçamento impositivo ou sobre o resultado aquém do esperado do PIB, Bolsonaro terceirizou as respostas ao humorista. Tudo foi transmitido ao vivo na conta oficial do presidente da República nas redes sociais.

O humorista chegou em um carro oficial da Presidência e contou com a ajuda do secretário especial de Comunicação, Fabio Wajngarten, para sair do veículo. Ele ficou posicionado no mesmo local que Bolsonaro usa normalmente para responder perguntas da imprensa. A área é restrita.

Antes da chegada de Carioca, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela Secom, desceu de outro carro e foi a pé acompanhar todo o ato.

Na terça-feira, o governo federal divulgou a reedição de uma cartilha sobre a proteção de jornalistas e comunicadores no Brasil. Elaborado pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, o texto traz uma nova edição do documento, lançado no governo de Michel Temer, e prevê que "as autoridades públicas têm a obrigação de condenar veementemente agressões contra jornalistas". O manual diz ainda que "os agentes do Estado não devem adotar discursos públicos que exponham jornalistas".

Com uma grande massa de desempregados e cada vez mais ataques aos direitos trabalhistas, as horas de trabalho deveriam ser repartidas entre toda a mão de obra disponível. Com essa divisão das horas de trabalho, sem redução dos salários, todos poderiam trabalhar por menos horas, não até a morte como quer Bolsonaro.

Informações: Agencia Estado

 
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