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METROVIÁRIOS SP
Metroviários de SP rejeitam proposta do PSTU de apoio à motim policial no Ceará

Nas últimas semanas o Ceará foi tomado pelo clima de terror frente ao motim policial na cidade de Sobral, onde policiais armados e encapuzados impuseram o toque de recolher ordenando para que a população não saísse de suas casas e obrigando o comércio a fechar em meio à negociação com o governador do PT, Camilo Santana, os quais reivindicavam melhores condições materiais para reprimir a juventude e os trabalhadores de Sobral.

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Há fortes indícios de que tais bandos policiais encapuzados estejam envolvidos com milicianos e que estariam estes disputando espaços de poder institucional, uma vez que no nordeste é onde se encontra a maior taxa de reprovação de Bolsonaro e, não como mero detalhe, estão entre as principais lideranças deste motim a própria extrema-direita, como os deputados estaduais Soldado Noélio (PROS), Delegado Cavalcante (PSL) e Sargento Reginauro (ex-PR, sem partido), este presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS). Todos bolsonaristas duros e apoiadores do deputado federal Capitão Wagner (PROS), que é candidato a prefeito de Fortaleza.

No mesmo dia em que o senador Cid Gomes (PDT), pilotando uma retro escavadeira sob os policiais amotinados, sendo alvejado com duas balas de armas de fogo nesse episódio, na assembleia dos metroviários de SP o PSTU, que compõe a diretoria do Sindicato, fez uma defesa para que os trabalhadores metroviários se posicionassem a favor deste movimento reacionário dos militares. Felizmente a categoria metroviária se posicionou contra esta proposta absurda, prezando por sua independência de classe. Vale também constatar que o voto vencido pela "solidariedade" ao motim policial no Ceará foi acompanhado pela CST e também LS (ambas correntes do PSOL). Não se trata de defender o coronelismo de Cid Gomes cujo partido, o PDT, que apesar de tentar disfarçar seu neoliberalismo, apoiou, com 30% de seus parlamentares, a reforma da previdência, a eleição de Rodrigo Maia para a presidência da câmara, a MP 881 de Guedes que permite trabalho nos sábados, domingos e feriados e outras medidas antioperárias e antipopulares, e sim de enxergarmos que o caso em questão se trata de duas alas burguesas que se confrontam em busca de hegemonia do poder político na região.

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Se não bastasse apoiar o golpe institucional e a prisão de Lula, o PSTU lamentavelmente por mais uma vez adotou para si a política das alas mais reacionárias da burguesia apoiando a greve policial promovida por bolsonaristas, em meio a denúncias de relações com as milícias. Ao invés de prestar solidariedade aos militares, os metroviários reforçaram nesta mesma assembleia seu apoio aos petroleiros em greve.

Com o pretexto abstrato de "rachar as forças policiais", o PSTU dá um salto de qualidade em sua política direitista. Se acham tão fundamental fortalecer a classe operária em cada momento, por que demoraram 5 dias para orientar a FNP (Frente Nacional Petroleira), que eles dirigem, a apoiar a grande greve operária que se vitoriosa poderia ajudar a mudar os rumos do país? Há muito tempo que já defende movimentos das forças especiais de repressão apoiando "greve de policiais" por melhores condições de reprimir o povo pobre e negro, e assim a propriedade privada e a ordem capitalista. Por diversas vezes nós do MRT alertamos e chamamos o PSTU a rever esse tipo de política reacionária que só fortalece nossos inimigos de classe. Partimos do princípio que as polícias, sejam elas militares ou não, não são parte da classe operária justamente porque sua razão de existência está direta e exclusivamente ligada a defesa da propriedade privada e dos interesses capitalistas e dessa forma estão sempre a postos para reprimir os trabalhadores e a juventude que saem em luta.

Mas ao contrário disso, reafirmam este apoio em meio à uma situação reacionária no país onde está abertamente colocada a ligação deste motim com a extrema-direita. É realmente surpreendente, pois não será lado a lado da polícia e do bolsonarismo que os trabalhadores irão superar a conciliação de classe petista e a direita , só com unidade desde a base enfrentando os freios da burocracia sindical e com independência de classe, é que isso será possível.

 
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