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CORONAVÍRUS
Bovespa fecha em queda de 7%, temendo "pandemia" do coronavírus
Redação

A doença se converteu no tema central de todas as mídias pelo mundo. Com efeitos políticos e econômicos, a Organização Mundial de Saúde advertiu sobre o perigo de uma pandemia. No Brasil, após confirmação do primeiro caso, hoje a bolsa brasileira encerrou o dia com uma expressiva queda de 7%.

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O COVID19, popularmente conhecido como Coronavírus, surgiu em dezembro em uma região da China. Segundo os últimos números da OMS nesse país se infectaram 78 mil pessoas, com 2.715 casos de óbito. As consequências para esse país se medem também política e economicamente.

Mas o tema dos últimos dia foi a propagação da doença a outros países, que já chegaram a 30. Ainda que as consequências sejam menores, 40 mortos e 2.500 contagiados - incluindo aí um caso confirmado aqui no Brasil-, já começa a haver crescente preocupação dos governo e comoção social.

Na Europa já começaram a se debater medidas polêmicas. "Não tivemos notificação sobre o fechamento de fronteiras, pero queremos, de maneira pró-ativa, iniciar o debate com os Estados membros porque a situação é dinâmica e em evolução", disseram os porta-vozes da União Europeia.

O certo é que a OMS atualizou uma série de definições nas últimas horas sobre o ascenso do coronavírus. Tedros Adhanim Ghebreyesus, o diretor geral da organização, disse "temos que nos concentrar em frear a epidemia, ao mesmo tempo que fazemos todo o possível para nos preparar para uma eventual pandemia".

Bruce Aylwar, chefe de equipe de especialistas da OMS, na sua volta da missão na China, destacou alguns avanços que estão sendo dados nesse país para o combate da doença. Também assegurou que "a segunda grande conclusão para o mundo, é que simplesmente não estamos preparados. Mas podemos estar prontos rapidamente se houver uma mudança de mentalidade sobre como vamos lidar com a doença".

Outras das preocupações são econômicas. Lembremos que as principais bolsas do mundo caíram abruptamente no início da semana. O índice Dow Jones caiu 3,4%, o Nasdaq por sua vez chegou a marcar queda de 3,7%, ambas bolsas norte-americans. A bolsa de Milão, epicentro europeu da doença, caiu em 5,43%. A Bolsa brasileira voltou do feriado de Carnaval com forte queda. Por volta das 15h47 desta quarta-feira, o Ibovespa caiu 6,3%, a 106.486 pontos, menor patamar desde novembro. A queda é a maior desde o Joesley Day, quando a Bolsa caiu 8,8% após divulgação de uma gravação comprometedora entre o presidente e o empresário Joesley Batista, em maio de 2017. O surto já se converte em um ameaça contundente para a propagada retomada do crescimento no país.

Em Wall Street se fala que o COVID19 pode ser quem finalmente estoure a gigantesca bolha finaceira. O Banco Mundial também está preocupado: em 2017 emitiu bônus por catástrofe de U$S 425 milhões para apoiar seu serviço de financiamento para emergências pandêmicas. O desenvolvimento do vírus irá impactar nos seus acionistas.

Em Wuhan, cidade onde se originou a doença, faz semanas que a produção se encontra paralisada. O mesmo acontece em outras cidades industriais, em meio a uma atitude da burocracia do Governo chinês que oscila entre ocultar os dados reais e medidas ultra restritivas para seus cidadãos.

No caso de Trump, ainda que a princípio tenha tentado minimizar os alcances do problema, a queda das bolsas não levaram a mudar seu discurso e convocar uma conferência de imprensa para esta quarta. O surto pode ser um novo choque negativo que golpeará a economia mundial, que se soma às tensões entre Irã e EUA, a escalada de tensões entre China e EUA e os efeitos da campanha presidencial nos EUA.

Alguns especialistas começam a falar de um panorama mais sombrio do que adiantou a OMS. Os laboratórios aproveitam para fazer contas da taxa bilionária de lucro que poderá advir de uma futura vacina.

É o caso de Gilead Sciences, criadora do Oseltamivir (Tamiflu) que serviu para o surto de "Gripe A". O laboratório afirma ter desenvolvido um medicamente durante surtos anteriores, a partir de outros vírus, Remdesivir. Com a aparição desta nova pandemia, o laboratório se prontificou a lançar no mercado sua nova droga, sem ter estudos de segurança em humanos e com poucos ensaios clínicos. Apesar desses perigos, a Academia de Ciências de China solicitou a la Gilead a autorização para utilizar a patente e poder fabricar o medicamento. Entretanto, a industria estadunidense segue adiando sua resposta.

 
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