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PETROBRAS
Lucro recorde da Petrobras: Wall Street agradece privatizações e combustíveis caros
Redação

Em 2019 o lucro da Petrobrás foi de 40,137 bilhões – o maior da história da empresa. Não à toa foi o ano do também recorde leilão do pré-sal pelas mãos de Bolsonaro.

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O gigantesco resultado apresentado ontem pela Petrobras acontece através dos roubos ao país para beneficiar os acionistas e capitalistas imperialistas, roubando o emprego dos 1.000 trabalhadores da FAFEN no Paraná, roubando cada pessoa que paga pelos preços exorbitantes no combustível e no gás de cozinha. A greve dos petroleiros que chega ao seu 20° dia defendendo os empregos na FAFEN-PR e se enfrentando com a politica de privatização de Guedes e Bolsonaro já marcou um enorme desafio desse setor estratégico da classe trabalhadora a este projeto privatista.

O lucro líquido, declarado ontem pela Petrobrás em meio ao 20º dia da greve dos petroleiros, significa 55,7% de crescimento com relação a 2018. Mas é preciso lembrar que, embora existam ainda vestígios de uma estatal, que deveria ter todas as suas parcelas privadas devolvidas para o estado e ficar sob total controle dos próprios petroleiros, os lucros da Petrobrás não se tratam de ganhos para a população brasileira. Pelo contrário: este aumento significativo nos lucros é resultado de uma política de privatizações e alta exorbitante dos preços dos combustíveis, e foi revertido diretamente para o bolso dos acionistas de Wall Street, com o rendimento médio de R$10,6 bilhões para cada um.

A própria empresa declara que os lucros se devem em grande parte pelo que chamam de “desinvestimentos”. Ou, em outras palavras, a entrega a preço de banana de ativos da estatal para acionistas dos países imperialistas, a quem interessa muito que as famílias, em grande parte com adultos desempregados, tenham que pagar R$80 por um gás de cozinha e quase cinco reais por um litro de gasolina, justamente para que, num horizonte de privatização, não tenham que oferecer um serviço barato e possam lucrar como nunca.

A produtividade da empresa também aumentou no ano passado, após anos de estagnação, chegando a três milhões de barris por dia. Este é um feito dos trabalhadores, e a empresa os gratifica com o fechamento da Fábrica de Fertilizantes no Paraná, a única no Brasil, e a consequente demissão de 1000 trabalhadores, sendo a maioria terceirizados.

O papel que cumpriu a Lava-Jato e o judiciário golpista fica cada vez mais evidente, não apenas do ponto de vista politico abrindo espaço para o golpe institucional que veio para aprofundar os ataques contra os trabalhadores, pavimentando o caminho para a eleição de Bolsonaro, mas também abriu espaço para que o imperialismo pudesse ter acesso aos enormes lucros provenientes de um recurso estratégico, e aumentar o saque ao nosso país diante da crise econômica mundial.

Veja também: O que a Lava Jato e o imperialismo têm a ver com a tentativa de privatizar a Petrobras?

Estes dados são mais uma prova de que é preciso batalhar incansavelmente não apenas contra a privatização da Petrobrás, mas por sua reestatização completa, para que qualquer superávit seja revertido para a população, com baixa dos preços dos combustíveis e investimento em tecnologia sustentável para aumentar a produtividade da empresa com responsabilidade social e ambiental, possibilitando diminuir as horas de trabalho dos petroleiros, contratar mais trabalhadores, sem diminuir os salários. Por isso apoiamos com todas as nossas forças a greve nacional petroleira e defendemos que estes trabalhadores, e não acionistas estrangeiros ou burocratas nomeados por Bolsonaro, sejam responsáveis pelo controle da empresa.

 
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