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Reforma das Previdências de Macron
Manifestações e repressão na França enquanto a Reforma das Previdências chega ao parlamento
Redação

Milhares de pessoas, muitas delas coletes amarelos, fizeram manifestações nesta segunda-feira ao redor da Assembleia Nacional contra o começo do debate parlamentar da repudiada reforma das previdências.

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A rechaçada reforma das previdências impulsionada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, chegou nesta segunda-feira ao Parlamento após dois meses de greves e de ser transformada em um dos assuntos que fagocita a política do país.

Milhares de manifestantes, entre eles grevistas, estudantes e, sobretudo, coletes amarelos, se mobilizaram da Ópera Garnier até a Assembleia Nacional para repudiar o debate parlamentar da odiada reforma.

A proposta, com a qual o Executivo pretende liquidar 41 regimes especiais, aumentar a idade mínima e diminuir as pensões, chega após nove jornadas de manifestações contrárias desde o dia 5 de dezembro de 2019, e nas vésperas da décima, convocada para a próxima quinta-feira, expressão da oposição que desperta entre os sindicatos. No entanto, os sindicatos não convocaram uma greve ou mobilização conjunta e geral para a segunda-feira.

Se as greves de dezembro conseguiram paralisar parcialmente o país pela ampla continuidade nos transportes públicos, sobretudo nos de Paris, o movimento foi perdendo força na medida que os sindicatos mais colaboracionistas foram funcionais à manobra do Governo de levar a luta para uma mesa de negociações que nunca decidiu nada a favor dos trabalhadores.

É por isso que a atmosfera entre os manifestantes e particularmente entre os grevistas desta segunda-feira expressou claramente que as greves parciais não são suficientes para acabar com a reforma das previdências e que é necessário um plano de luta real e uma greve renovável de todos os setores.

Entre os cartazes visíveis, estava o do Front Social, e também se viam as bandeiras da Solidaires RATP (trabalhadores do transporte público metropolitano de Paris), ferroviários da CGT e Force Ouvriere, e estudantes da París 7, Nanterre, EHESS e da Escola do Louvre.

Quando chegaram às proximidades da Assembleia Nacional, chegou a polícia para reforçar os guardas presentes e reprimir os manifestantes, além de realizar um operativo de perseguição para deter vários deles.

Nos dias anteriores os trabalhadores de base do transporte da RATP eram os que tinham demonstrado novamente sua determinação ao fazer com que várias das direções sindicais convocassem uma paralisação total para esta segunda-feira, além da jornada que já estava convocada para a próxima quinta-feira (20). São expressões de que, na base, a determinação de lutar contra a reforma das previdências segue muito presente. No entanto, ao mesmo tempo, a direção da CGT disse que a “data simbólica na agenda parlamentar (ou seja, esta segunda-feira), não é propícia para a ampliação das lutas e greves em todos os setores do país”. Ou seja, se negou a paralisar o serviço nesta segunda-feira. No entanto, algumas seções da CGT-RATP se unificaram ao chamado e paralisaram linhas do metrô como a 7 e 7bis, o Centro de Manutenção da Red Ferré (MRF) em Saint Ouen, ou inclusive o centro de ônibus de Pleyel, onde os trabalhadores filiados à CGT, à UNSA e ao Solidaires pediam conjunto de mobilizações tanto para a segunda-feira, quanto para a quinta-feira.

Ainda que a dispersão das datas de manifestações e a ausência de um plano de luta real tem impedido até agora que os trabalhadores possam curvar Macron e sua reforma de previdências, por outro lado são vistas expressões de unidade por baixo em um número significativo de setores para convocar uma greve interprofissional renovável, em um momento no qual o governo segue enroscado em uma crise política que não termina nunca.

 
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