www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Trótski e um guia para analisar a situação mundial
Esteban Mercatante

O método desenvolvido por Trótski para analisar as perspectivas do capitalismo e a revolução socialista na época imperialista é uma ferramenta muito atual para se orientar no convulsivo cenário contemporâneo.

Ver online

Tradução de Iaci Maria.
Imagem de Juan Atacho.

O marxismo parte do conceito da economia mundial não como uma amálgama de partículas nacionais, mas como uma potente realidade com vida própria, criada pela divisão internacional do trabalho e pelo mercado mundial, que impera sobre os mercados nacionais nos tempos atuais. As forças produtivas da sociedade capitalista excederam as fronteiras nacionais há muito tempo [1].

Assim Leon Trótski caracterizava o capitalismo mundial em 1930, como uma “realidade superior” da qual cada formação capitalista nacional era uma parte integrante estreitamente inter-relacionada com todas as demais.

Como Marx e Engels já constataram no Manifesto Comunista, o capitalismo foi um modo de produção global desde sua origem. O estudo sobre a acumulação originária, realizado por Marx n’O Capital, evidencia que o saque do ouro, prata e outras riquezas das colônias americanas e de outras regiões cumpriu, no surgimento deste modo de produção, um papel não menos importante do que o desempenhado pela expropriação dos servos nos campos da Inglaterra. Mas desde o final do século XIX essa economia mundial se converteu em uma estrutura de muito mais densidade. Amplificaram-se os laços da circulação cada vez mais intensa de mercadorias, mas também - e sobretudo - de capital. Pôde-se ver, desde o final do século, a aparição de várias potências com forte desenvolvimento, para as quais deslocar a centralidade britânica na articulação dos fluxos de circulação de capital e mercadorias torna-se uma condição crucial para evitar ver seu desenvolvimento bloqueado. Começa a se configurar um mundo que poderíamos caracterizar como multipolar, tanto no terreno econômico como no político.

Como Berrick Saul assinala, na década de 1890, grande parte do comércio multilateral se baseava “em uma completa rede de atividades abrangendo continentes inteiros ou subcontinentes, derivada de uma nova divisão planetária de funções” [2].

A configuração do espaço econômico mundial e das relações interestatais alcançada ao final do século XIX, coloca em evidência uma contradição inédita, fonte de conflitos na aldeia global durante a época imperialista, que é aquela mencionada por Trótski na citação do início desta nota: a que se produz entre umas forças produtivas cada vez mais internacionalizadas e o Estado nação como espaço onde se articulam as relações de produção. “Uma das causas fundamentais da crise da sociedade burguesa consiste em que as forças produtivas criadas por ela não podem mais se conciliar com os limites do Estado nacional”, afirma Trótski em A revolução permanente [3].

Fue A. L. Helfand, que publicava sob o pseudônimo de Parvus, foi um dos primeiros a analisar, a partir do marxismo, as consequência das mudanças que estavam se produzindo. Ele colaborou com Trótski durante os tempos anteriores à revolução russa de 1905, embora mais tarde tenham rompido relações devido à aproximação do primeiro com o Estado Alemão, do qual se converteu em representante comercial na Constantinopla. Analisando as tensões geopolíticas na região da Europa Central e a guerra russo-japonesa de 1904, Parvus afirma que “o Estado nacional tal como havia se desenvolvido com o capitalismo, já era anacrônico” [4]. Parvus destacava a interdependência das nações e dos Estados e entendia que, nesse contexto, a guerra russo-japonesa era “o começo de uma longa série de guerras, nas quais os Estados nacionais, movidos pela competição capitalista, lutariam por sua sobrevivência” [5]. Essa perspectiva internacional será aprofundada por Trótski e será a base para fundamentar suas perspectivas sobre a revolução na Rússia, assim como para, posteriormente, sistematizar uma teoria sobre a revolução internacional.

Para alguns autores, trata-se de uma contradição que está longe de ser uma novidade exclusiva da época imperialista. Por exemplo, Simon Clarke observa que

a contradição entre o caráter global da acumulação de capital e a forma nacional do Estado não é um fenômeno novo, mas que tem sido uma característica do capitalismo desde os estágios iniciais do capitalismo comercial, sendo o pano de fundo do desenvolvimento dos Estados capitalistas no contexto do sistema estatal internacional [6].

Mas a configuração de um mundo articulado inteiramente por relações capitalistas - que terminam de se conformar durante a segunda metade do século XIX -, com uma série de potências competindo cada vez mais ferozmente para garantir mercados e destinos de investimentos exclusivos, deu um caráter acentuado à essa contradição. Concluída a conquista do mundo pelas grandes potências, não havia “fuga para frente” que pudesse ser feita avançando sobre espaços não capitalistas. O avanço de qualquer potência só poderia acontecer em detrimento de outras. A contraditória fusão da dinâmica de competição geopolítica com a competição econômica capitalista mostra, nessas condições, uma agudização das tensões em ambos os polos. Em uma economia mundial cada vez mais integrada, a pressão sobre ela dos capitais mais desenvolvidos repercute sobre as nações mais atrasadas, o que agrava as tensões sociais. Isso contribui para deixar as relações interestatais mais instáveis. Coloca em evidência a centralidade dessa contradição que apontava Trótski, entre as forças produtivas internacionalizadas e sua organização em um mundo dividido em Estados.

Poderíamos dizer que este é um dos pontos centrais na caracterização da época imperialista feita por Trótski, quem, ao contrário de Lênin, com seu clássico folheto, mas também de Hilferding, Rosa Luxemburgo ou Bukharin, não escreveu um estudo específico sobre essa questão. O outro aspecto que é chave em suas análises e que poderíamos dizer que ele desenvolveu mais do que todos os mencionados, expressando-o ao longo de suas discussões sobre a Inglaterra, França, Alemanha, EUA e os países semicoloniais, é a disputa pelo domínio do mundo em um momento de crise da Inglaterra como potência dominante, e o tortuoso ascenso do imperialismo norte americano, claramente vencedor da primeira guerra, mas ainda sem capacidade para se impor totalmente a todas as potências em declínio. Sobre esse último, Trótski afirmava:

o poder dos Estados Unidos no mundo e o expansionismo derivado dele são o que obriga esse país a introduzir nas bases de sua estrutura os explosivos do mundo inteiro: todos os antagonismos do Ocidente e do Oriente, a luta de classes na velha Europa, as insurreições dos povos coloniais, todas as guerras e todas as revoluções. Assim, na nova era, o capitalismo da América do Norte constituirá a força fundamental da contrarrevolução, mostrando-se cada vez mais interessados em que se mantenha a “ordem” em cada canto do globo terrestre [7]

Fundada após a Revolução Russa de outubro, a Internacional Comunista, ou III internacional, na qual confluíram boa parte dos que mantiveram, durante os anos da Primeira Guerra Mundial, posições internacionalista e pela transformação da guerra imperialista em revolução, necessitou adotar um método para dar conta das profundas mudanças da situação. A confiança inicial de que a tomada do poder pela proletariado na Rússia continuaria se expandindo como uma maré pela Europa, resultou contradita. A debilidade dos partidos comunistas recém formados, as principais reservas da classe dominante nos países imperialista, e todo o esforço dedicado por esta burguesia para salvar o regime de qualquer maneira, frearam os avanços revolucionários da classe trabalhadora no ocidente. Para explicar essas mudanças da situação, assim como da sua relativa precariedade, é que Trótski desenvolve a noção de “equilíbrio capitalista”.

O equilíbrio capitalista

A noção central que Trótski propunha em sua intervenção no Terceiro Congresso da Internacional Comunista - que foi aquele em que, junto com Lênin, continuaram o combate iniciado no Segundo Congresso, contra os setores esquerdistas que negaram as tendências à estabilização após as derrotas e desvios dos embates revolucionários que ocorreram no final da Primeira Guerra Mundial - era que as tendências da economia mundial devem ser abordadas em uma relação de interdependência com as relações interestatais e com a luta de classes. A articulação entres essas três dimensões é o que Trótski define como “equilíbrio capitalista”, categoria com a qual busca analisar em que medida existem - ou estão de deteriorando - as condições de reprodução do capital e, portanto, do domínio da burguesia.

Em sua intervenção no Congresso da Internacional em 1921, Trótski afirma:

O equilíbrio capitalista é um fenômeno complicado; o regime capitalista constrói esse equilíbrio, rompe-o, reconstrói e o rompe outra vez, ampliando, de passagem, os limites de seu domínio. Na esfera econômica, estas constantes rupturas e restaurações do equilíbrio ganham a forma de crises e booms. Na esfera das relações entre as classes, a ruptura do equilíbrio consiste em greves, em lock-outs, em luta revolucionária. Na esfera das relações entre estados, a ruptura do equilíbrio é a guerra, ou ainda, mais veladamente, a guerra das tarifas alfandegárias, a guerra econômica ou o bloqueio. O capitalismo possui então um equilíbrio dinâmico, o qual está sempre em processo de ruptura ou restauração. Ao mesmo tempo, esse equilíbrio possui grande força de resistência; a maior prova que temos dela é que ainda existe um mundo capitalista [8].

Hiller Ticktin, autor de um estudo sobre as ideias do revolucionário russo, nota que “o conceito de um equilíbrio de forças cumpre um papel central no pensamento de Trótski. Ele via o capitalismo constantemente tentando estabelecer um equilíbrio, que está constantemente se rompendo” [9]. Ticktin faz um esclarecimento importante: a noção de equilíbrio não se refere à forças que se neutralizam, criando uma situação estável.

Não vem da metáfora da física sobre o equilíbrio, com duas substâncias pesadas uma contra a outra. Em vez disso, esse conceito envolve a visão de que existem forças contraditórias que operam em oposição umas às outras, que são parte da sociedade. Na medida em que podem interagir e não se esmagar, elas avançam e desequilibram. Desse ponto de vista, o equilíbrio é um estado que sempre é alcançado e quebrado, até que um dos pólos da contradição perca seu poder e fracasse [10]

É interessante ver como esta relação entre dois dos três termos, economia e luta de classes, ocorreu após a Primeira Guerra, na situação analisada por Trótski em 1921. “Depois da guerra se criou uma situação econômica indefinida. Mas, a partir da primavera de 1919, começou o boom [11]. Apesar da devastação da guerra, das reparações impostas à Alemanha derrotada, e de outros colapsos, a economia crescia. Por que isso, que à primeira vista podia ser contra-intuitivo, estava acontecendo?

Em primeiro lugar, por razões econômicas: as relações internacionais foram retomadas, ainda que em restritas proporções, e por todas as partes observamos demandas das mais variadas mercadorias. Em segundo lugar, por causas político-financeiras: os governos europeus sentiram um medo mortal da crise que se produziria após a guerra, e recorreram À todas as medidas para sustentar o boom artificial criado pela guerra durante o período de desmobilização. Os governos continuaram colocando em circulação grande quantidade de papel-moeda, fazendo novos empréstimos, regulando os benefícios, os salários e o preço do pão, cobrindo, assim, uma parte dos salários dos operários desmobilizados, dispondo dos fundos nacionais, criando uma atividade econômica artificial no país. Dessa maneira, durante todo este intervalo, o capital fictício seguiu crescendo, especialmente nos países cuja indústria caiu. No entanto, o boom fictício do pós guerra teve sérias consequências políticas: pode-se dizer, fundamentalmente, que salvou a burguesia [12].

Os governos europeus “inflaram” suas economias como uma das vias para apaziguar a situação (enquanto, ao mesmo tempo, apelavam para grupos armados para “apaziguar” as massas insurgentes, como os que massacraram a vanguarda e arrancaram a vida de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht na Alemanha em 1919, em uma antecipação do que seriam as ações dos nazistas). O preço desse “resgate”, é claro, foi preparar novas futuras desestabilizações da economia, prejuízos devido a incapacidade de lidar com crescente volume de capital fictício sob a forma de dívidas públicas, aumentos inflacionários descontrolados, etc. Mas no caminho, a burguesia ganhou a única coisa que poderia se propor: tempo. As classes dominantes se empenharam para ampliar a ressuscitação econômica, ao preço de preparar as condições para futuros transtornos, como via para conter o auge das massas. Ao mesmo tempo, o apaziguamento da luta de classes, alcançado com derrotas mas reforçado pelo incentivo econômico, deu novo impulso para a acumulação de capital (sem tirar do horizonte as turbulências que a afligiriam em um futuro longínquo).

A atualidade do método

A relação dialética entre fundamentos econômicos, relações interestatais e luta de classes, é bastante pertinente para analisar a situação atual. Como viemos afirmando há vários anos, o capitalismo mundial continua processando os efeitos da grande crise de 2008, que marcou o colapso da "grande empresa" com a qual o imperialismo norte americano se certificou, desde os anos 1980, de manter a liderança das classes capitalistas em todo o mundo, que foi o avanço das políticas neoliberais e da internacionalização produtiva sob a ideologia da globalização (duas via que permitiram articular uma grande ofensiva contra as classes trabalhadoras de inúmeros países em benefício das patronais).

Diante dos efeitos disruptivos que a quebra do banco Lehman Brothers teve, que marcou um salto na crise iniciada em 2007 com epicentro nos EUA, as principais potências mundiais articularam esforços para conter o desenvolvimento da crise, evitando que se formasse o espectro de uma nova Grande Depressão, como a que aconteceu após a quebra da bolsa em 1929, com a ameaça do que isto poderia implicar para o domínio da burguesia. Nos EUA e na União Europeia, o maior esforço foi para salvar os bancos, muito mais do que para conter os efeitos em sobre a destruição dos empregos e da perda de atividade. No geral, tratou-se de uma enorme socialização das falências privadas, para garantir que os bancos seguissem funcionando (e voltassem rapidamente a distribuir robustas compensações aos seus diretores e dividendos aos seus acionistas, como antes do surto da crise).

A ameaça de catástrofe só conseguiu ser afastada em 2008 ao preço de uma formidável bateria de medidas emergenciais. Entre estas, inclui-se a injeção de liquidez aos bancos por meio de transferências públicas, o que resultou em um salto do endividamento estatal, principalmente nos EUA e da UE; medidas fiscais de estímulo à atividade, aumento de obras públicas e dos gastos com previdência (que ocorreram de maneiras muito distintas em cada país, sendo a China o que realizou as intervenções em maior escala), que novamente exigiram um salto no endividamento estatal; e uma intervenção monetárias sem precedentes nos mercados de capitais, através dos Quantitative Easing (um bombardeamento de dinheiro em larga escala, destinado a garantir o valor das ações e dos títulos), medida essa inaugurada pela Reserva Federal (Fed), que depois foi imitada pelos bancos centrais de outros países, somado à vigência das taxas de juros de quase 0%, que vigoraram desde então até quase o final de 2015. Desta maneira, a crise de 2008 foi respondida com a aplicação em larga escala de todas as medidas de “contenção da crise” exercidas durante todas as décadas anteriores.

O central, no entanto, é que essa bateria de iniciativas permitiu conter o episódio mais dramático gerado pelo colapso somente para abrir caminho a novos capítulos. Nesse sentido, se a Grande Recessão pôde ser encerrada, esta abriu uma “falha tectônica” no que poderíamos chamar de “equilíbrio capitalista neoliberal”, que pode ser suturada. Nos EUA, desde 2009 se iniciou uma recuperação que foi a mais débil dos últimos 75 anos, com um saldo de empregos e salários muito mais degradados, que não foram significativamente revertidos com o retorno do (fraco) crescimento. Na UE, o custo das medidas de contenção acabou tornando insustentáveis os desequilíbrios que caracterizam as economias mais expostas pela arquitetura de uma união construída em benefício da competitividade global do capital europeu. A resposta de austeridade diante da crise, aplicada sob o mandato da “troika” com o patrocínio da Alemanha (apoiada pela França), lançou a Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Irlanda na depressão econômica. Os duros cortes fiscais não se limitaram à zona do euro.

Hoje, doze anos após o início da “grande recessão”, e embora tenha sido concluída lá em 2010, vemos que, apesar de todos os recursos colocados em jogo pela classe dominante para conter seus piores efeitos, mesmo ao preço de produzir inúmeros efeitos colaterais “desequilibrantes”, sempre com o objetivo de garantir que seu poder não seja desafiado, não se pôde evitar este perigo. Como aponta Christian Castillo no debate que pode ser visto na edição de 2 de fevereiro do semanário Ideas de Izquierda, ligado ao La Izquierda Diario da Argentina, em 2019 se abriu uma nova onda de luta de classes em todo o mundo, com o Chile e a França com um de seus principais palcos. A primeira onda, entre 2010 e 2012, teve seu epicentro no Oriente Médio e na UE. Agora o alcance é muito mais global.

O retorno a uma “normalidade” anterior à crise, ou seja, a reconstrução do equilíbrio perdido, mostra-se como altamente improvável. Setores da classe dominante tem buscado canalizar o descontentamento com o neoliberalismo e a globalização para saídas nacionalistas, com discursos xenofóbicos e a promessa de políticas protecionistas. Trump, e o enfim concretizado Brexit, são as amostras mais evidentes disto. A crise do “consenso neoliberal” também teve nestes anos suas expressões pela esquerda, com o crescimento de setores que temos definido como “neorreformistas”, que buscam dar nova vida à pretensão de conseguir melhorias para as massas operárias e populares no contexto do capitalismo. Vemos isso nos EUA, com Elizabeth Warren e, principalmente, Bernie Sanders (que teve um notável desempenho eleitoral quatro anos atrás, quando enfrentou Hillary Clinton) se posicionando exitosamente nas internas democratas. Enquanto isso, o Podemos veio das mãos do PSOE para o governo do Estado Espanhol pela primeira vez.

Nesse contexto, as relações interestatais se tornaram cada vez mais abertamente conflitantes. Embora, como vem Trump mostrando, haja uma grande distância entre seu discurso isolacionista e sua prática, o que é imposto pelo fato dos setores mais gravitacionais da burguesia imperialista norte americana resistirem a abandonar os bons resultados que a globalização das cadeias de produção têm trazido para seus lucros. Mas, além destes interesses da burguesia mais transnacionalizada atuarem como moderadores, mostram-se cada vez mais insuficientes diante das tendências que se movem no sentido contrário. E isso, no caso dos EUA, vemos não apenas com o país que é seu grande competidor estratégico, a China, com quem acabam de fechar uma trégua na longa guerra comercial iniciada em 2018, pausa que tem um sentido principalmente eleitoral, sem encerrar os reais motivos do conflito e que, portanto, prometem reabri-lo assim que passarem as eleições, se não antes. Também nota-se uma lacuna crescente com os principais aliados da OTAN, que enxergam a potência norte americana com crescente desconfiança.

Através das fissuras de uma economia mundial que tem, para os próximos anos, prognósticos de piora econômica (e a possibilidade de uma nova recessão) e destas embrionárias disputas geopolíticas, foi dado um salto na luta de classes. O que se impõe, para que surjam triunfos deste novo ciclo, é encarar a construção de partidos revolucionários que permitam à classe trabalhadora conquistar hegemonia e batalhar pelo poder. Recuperar o método de Trótski para caracterizar a situação internacional e seus equilíbrios instáveis é uma bússola fundamental para este desafio.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui