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PETROBRAS
Greve da Petrobras: a unificação entre efetivos e terceirizados pode barrar a privatização
Redação

A unificação dos trabalhadores efetivos e terceirizados da Petrobras tem a força para barrar as demissões e o desmonte que a empresa vem sofrendo para ser entregue por Bolsonaro aos imperialistas.

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Desde o dia 01 de fevereiro, trabalhadores petroleiros estão em greve por tempo indeterminado contra a demissão em massa de cerca de mil trabalhadores terceirizados da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) em Araucária (PR), prevista para começar no dia 14 de fevereiro. Foi anunciado também que a fábrica será fechada. Essas medidas são parte de um conjunto de ações que visam a privatização da empresa. Além disso, os trabalhadores exigem o cumprimento do Acordo Coletivo negociado em novembro do ano passado. A mobilização já conta com adesão de cerca de 8 mil petroleiros de 17 bases, em 10 estados. Os petroleiros estão se mobilizando para garantir que nenhuma família seja colocada na rua, defendendo os postos de trabalho terceirizado, além de se posicionarem contra a entrega da Petrobrás aos grandes empresários ̶ um roubo sem precedentes a toda a população.

Nesta manhã, dezenas de carros da polícia militar, incluindo o destacamento para repressão de multidões, estavam na porta da Refinaria Duque de Caxias em uma clara tentativa de intimidar os petroleiros, atacando o direito de greve dos trabalhadores. Essa ação busca garantir os interesses do governo de privatizar a Petrobrás. Como forma de enfraquecer a mobilização, os grandes meios de comunicação vêm fazendo um boicote, fingindo que a greve dos petroleiros não existe ̶ como era de se esperar, uma vez que a privatização da Petrobrás é uma das principais medidas do governo.

Leia nosso Editorial: A luta dos petroleiros contra as demissões e contra as privatizações precisa vencer

A greve vem sendo bastante controlada pela burocracia sindical, que freia o movimento e não permite que ele se radicalize. Mas a adesão vêm crescendo, pois os petroleiros de todo o país tem a consciência que depois da FAFEN serão milhares de outros petroleiros, próprios e terceirizados, que terão seus empregos ameaçados nas refinarias, terminais, plataformas e campos terrestres. A greve nacional dos petroleiros se enfrenta com essas demissões e com todo um projeto que inclui a entrega de diversos campos no pré-sal e a venda da maioria das refinarias, terminais e oleodutos do país para o imperialismo. A adesão da categoria ao movimento grevista mostra uma disposição a se enfrentar com os planos entreguistas de Bolsonaro e de todos capitalistas. Defendendo os empregos dos trabalhadores próprios e terceirizados do Paraná, e afirmando sua luta em defesa de todos os empregos no sistema Petrobras e se contrapondo ao projeto de entrega de riquezas nacionais. A unificação dos trabalhadores próprios e terceirizados da Petrobras tem a força de barrar os ataques e o desmonte que a estatal vem sofrendo há anos. E também são os trabalhadores com sua disposição de luta e seus interesses, que podem colocar a empresa para atender realmente aos interesses do povo brasileiro, e não aos lucros dos acionistas estrangeiros.

 
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