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PRIVATIZAÇÕES
Portos estratégicos na mira das privatizações de Bolsonaro e Guedes
Redação
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No últimos mês, Paulo Guedes, o ministro da economia do governo Bolsonaro, se encontrou com os grandes capitalistas mundiais durante a realização do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça; lá, Guedes expôs sua sanha entreguista e privatista para o mundo, ofertando diversos setores da produção e de serviços estratégicos para o empresariado estrangeiro, fazendo mais uma vez com que seja os trabalhadores e a população em geral a pagarem por uma crise que não é nossa e que se arrasta há mais de dez anos.

Se 2019 já foi o ano das entregas, marcando o primeiro ano do governo Bolsonaro, 2020 deve ser ainda mais avassalador. Só no ano passado foram concluídos 27 leilões de concessões e privatizações; a meta esse ano é praticamente dobrar esse número e incluir setores ainda mais estratégicos da produção e serviços, como portos, aeroportos, estatais de energia, ferrovias, rodovias e até o controle do espaço aéreo brasileiro.

Três dos principais portos brasileiros estão na mira do ministro da economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, para que sejam entregues já este ano para as mãos dos grandes empresários capitalistas; são eles: o porto de Santos (o maior e mais importante porto brasileiro, único a ser qualificado como nacional e com a maior diversidade de exportações e importações), o porto de Vitória no Espírito Santo (chega a atender mais de vinte estados e engloba todos os 14 setores de atividades) e o porto de São Sebastião (para além de sua atuação comercial usual, a localização privilegiada, com duplos acessos aquaviários, e a capacidade de operar cargas de alto valor agregado são diferenciais do porto, que sedia também o Terminal Almirante Barroso - TEBAR, voltado exclusivamente às cargas da Petrobrás como petróleo, gasolina, nafta, diesel entre outros produtos).

Leia mais: A luta dos petroleiros contra as demissões e contra as privatizações precisa vencer

O porto de São Sebastião inclusive teve um investimento em 2018, que o transformou em referência ambiental no país, passando de 100 mil metros quadrados para 400 mil metros quadrados, um investimento na casa de 5 milhões de reais; e agora depois desse enorme investimento o plano é vender esse porto a preço de banana, com a desculpa pífia de que um dos portos mais importantes para o Estado de São Paulo e a economia localizada no Vale do Paraíba não dá mais lucro - fato que soa no mínimo contraditório se comparado com os dados de que o movimento no porto cresceu cerca de 84% no primeiro trimestre de 2019.

Esse plano de desestatização dos portos significa em outras palavras entregar os portos a empresa estrangeiras, indiretamente entregar grande parte da economia nacional a essas empresas, se pensarmos que são portos importantíssimos para o escoamento da produção nacional para a exportação; deixando cada vez mais o Brasil refém do imperialismo - esse é o plano estratégico de Paulo Guedes e Bolsonaro.

É preciso lutar para que os portos permaneçam sendo estatais, mas não é suficiente que seja esse estado que controle os portos, é necessário ir por mais e lutar para que esses portos estejam sob controle dos trabalhadores portuários e da população, para que ela saiba os investimentos necessários e como fazer sem prejudicar a população local e o meio ambiente.

 
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