O número de mortos em decorrência das chuvas em Minas Gerais subiu para 52, conforme boletim da Defesa Civil divulgado no fim da tarde desta terça-feira, 28.

De acordo com o balanço, 42 pessoas morreram soterradas ou em desmoronamentos e deslizamentos. Oito vítimas foram arrastadas pelas águas e duas morreram afogadas. Treze mortes aconteceram em Belo Horizonte. Há 28.893 desalojados no estado e 4.397 desabrigados. Uma pessoa está desaparecida e 65 feridos. Ainda segundo o balanço, 101 cidades tiveram situação de emergência decretada pelo Estado. Outros 20 municípios também declararam situação de emergência e outros três de calamidade pública.

As chuvas torrenciais, um fenômeno meteorológico previsível no verão brasileiro, se agravam com as mudanças climáticas que cada dia tornam-se maiores e com governos que só beneficiam os empresários, tornam-se verdadeiras tragédias.

Para Francisca Araújo de Oliveira, de 74 anos, o dia foi de expectativa para voltar à casa, destruída pelo barranco na última sexta-feira. Aposentada, ela foi abrigada na casa de amigos no alto do morro que teve parte destruída. "Quero voltar pra minha casa", contou ela ao Estado. Francisca disse que foi resgatada pelos Bombeiros minutos antes da terra descer. Ela escapou, mas perdeu toda a criação de galinhas e pintinhos que tinha na casa, localizada no pé do morro.

Não é o primeiro ano que fortes chuvas de verão causam tragédias como essa. Todos anos as histórias se repetem e trabalhadores e o povo pobre são as maiores vítimas. Não são tragédias naturais, são tragédias por culpa de governos que seguem benficiando empresários e precarizando cada vez mais as condições de vida da população e dos trabalhadores.

Com informações de Agência Estado