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CEDAE
CEDAE é denunciada por não fornecer água potável aos próprios trabalhadores
Redação

CEDAE é acusada de não fornecer água potável aos trabalhadores, além de expô-los à diversas condições ultra precárias de trabalho como falta de iluminação, forçando-os a trabalhar com lanternas de celulares.

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A Cedae, Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, está sendo acusada de não fornecer água potável para os trabalhadores da empresa. Duas de cinco denúncias afirmam que a empresa tem negado aos trabalhadores acesso à água tratada. As denúncias foram apresentadas pelo Ministério Público do Trabalho.

Uma das denúncias sequer é recente: 2009 a Cedae já teria sido condenada por manter filtros fora da validade e não oferecer aos trabalhadores bebedouro com água potável para funcionários.

Além disso, outras denúncias indicam que a empresa impunha condições precárias de trabalho. Há relatos de que os trabalhadores não tinham nem iluminação, sendo obrigados a operar utilizando uma lanterna do celular para chegar às caixas d’água onde colhiam amostras para testes de qualidade.

Veja também: Crise da água no RJ eleva em 40% preço da água mineral e Witzel segue destruindo a CEDAE

Recentemente, a empresa tem protagonizado um verdadeiro escândalo no Rio de Janeiro, onde milhares de pessoas têm recebido em suas casas uma água "podre", com aparência marrom e odor pútrido. A crise de abastecimento de água no Rio de Janeiro avança logo após as sucessivas políticas de sucateamento da estatal para justificar sua privatização, o que implicou na demissão de vários engenheiros responsáveis pelo controle de qualidade da água.

Witzel avança com a política privatista da companhia, acompanhando o movimento de Bolsonaro e do Congresso, que avançam para entregar às mãos da iniciativa privada cada vez mais o tratamento de água e esgoto no Brasil.

Em meio a esta crise, trabalhadores tercerizados, alguns ligados à Fundação Santa Cabrini, denunciaram pelas redes sociais, as condições insalubres de trabalho na estação de tratamento de água do Rio Guandu. Uma das funções era de adicionar o carvão ativado em uma máquina que faz a mistura da substância na água e pelas péssimas condições acabaram sendo hospitalizados.

Veja: Trabalhadores terceirizados da CEDAE passam mal com as péssimas condições de trabalho

A terceirização galopante e a falta de concurso público são parte de um projeto de desmonte da estatal, como parte de uma política de garantir sua privatização alegando que o serviço está débil justamente por ser uma empresa estatal. Este discurso falacioso amplamente usado pelos governos já foram comprovados como mentirosos na realidade: a Vale, privatizada na década de 90, foi responsável por dois crimes seguidos, que destruiram vidas e o meio ambiente.

É preciso defender as estatais, colocando-as sob controle dos trabalhadores e da população, para que estejam à serviço de suas necessidades, inclusive necessidades fundamentais como tratamento de água e esgoto, e não à serviço do lucro dos capitalistas.

 
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