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Maior período de chuva da história deixa milhares de desabrigados em Belo Horizonte
Redação

Desde quinta-feira (23), fortes chuvas deixam Belo Horizonte e a região metropolitana em alerta, e nessa sexta-feira (24) as chuvas continuam, caminhando para se tornarem o maior período chuvoso da região em sua história e deixando as marcas de mais uma tragédia capitalista anunciada.

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Um dia antes do um ano da tragédia de Brumadinho, a população de BH e da região metropolitana se vê diante de mais desastres: alagamentos, deslizamentos e desmoronamentos decorrentes das chuvas deixam diversas pessoas desabrigadas e até feridas. Já são diversas regiões afetadas e o número só aumenta.

Em Ibirité um bebê, uma criança e duas mulheres foram soterrados com terrados deslizamentos, com a trágica morte de três deles. No município de Raposos, já na manhã de ontem (quinta-feira), mais de mil famílias acordaram em situação de tensão, o transbordamento do Rio das Velhas provocou alagamento de diversas casas e ruas, além do fechamento da única ponte da cidade, deixando centenas de moradores em situação de calamidade pública e sendo encaminhados para abrigos temporários em escolas e casas de conhecidos, fontes dizem que mais de mil pessoas estão desabrigadas.

O município de Contagem também está em situação crítica, onde diversas residências estão sendo evacuadas pelos riscos de desmoronamento, deixando os moradores sem ter para onde ir, também sendo alocados em abrigos temporários em escolas. No Morro dos Cabritos (Regional do Ressaca) as famílias estão deixando suas casas apenas com as roupas do corpo devido risco de deslizamento e estão alojadas em escolas na região. A Vila Barraginha segue com as famílias desabrigadas e alojadas nas escolas.

Belo Horizonte segue em alerta, com a previsão de muitas chuvas até sábado pela manhã (25). Dessa forma, a Defesa Civil diz acompanhar toda a movimentação e disponibiliza um mapa para que a população acompanhe a situação e identifique os locais de risco. Barreiro , Pampulha e a região do Centro Sul são as que contam com maiores volumes de chuva. No Barreiro os moradores foram os que mais acionaram a Defesa Civil. Famílias desabrigadas estão sendo levadas para pousadas na região. O Córrego da Onça na altura da Estação São Gabriel está em situação de iminente transbordamento.

A Agência Nacional de Mineração também fez o alerta devido à maior instabilidade das barragens devido às chuvas intensas. Esse alerta vale pra 25 barragens, sendo 18 em nível 1 (estado de prontidão); ouras três em nível 2 (planos de evacuação em alerta). E 4 barragens em nível três, que é quando existe nível iminente de rompimento. Todas essas barragens são da Vale e estão localizadas nas cidades de Macacos, Ouro Preto e Barão de Cocais. Caso haja rompimento dessas barragens os estragos são inestimáveis.

A situação tem sensibilizado todo o Estado e diversos pontos para recolhimento de doações para os afetados pelas chuvas estão sendo aberto, porém isso não diminui a preocupação e sofrimento das centenas de pessoas que perderam tudo para as chuvas ou não sabem se terão uma casa para voltar quando elas cessarem, muitas delas vindas de regiões já precarizadas e pobres, várias não tem para onde ir.

Uma situação triste e revoltante, pois essas são tragédias anunciadas em Belo Horizonte e na região metropolitana, com as cidades planejadas de forma atender apenas às necessidades das elites e das grandes empresas e indústrias, relegando à população, em especial a população negra, os riscos e danos mais severos, além da destruição do meio ambiente, o enclausuramento dos rios e a destruição inestimável caso mais alguma barragem seja rompida.

Para não haver mais nenhuma morte mais e mais nenhuma família desabrigada é necessário um plano de emergência e de prevenção para atender a todas as necessidade das famílias que estão em áreas de risco. Como parte de uma batalha por um plano de obras e serviços públicos para reconstruir tudo que foi destruído e uma verdadeira reforma urbana que esteja a serviço dos interesses da população e não dos grandes capitalistas, taxando as grandes fortunas e confiscando os bens das grandes empresas destruidoras do meio ambiente e dos rios.

 
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