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VIOLÊNCIA POLICIAL
Polícia racista de Witzel matou 1 de cada 3 vítimas de homicídio no RJ
Redação
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O Fantástico, ontem, dia 19 de janeiro, publicou uma matéria referente à brutalidade da violência policial no estado do Rio de Janeiro e do resto do país. Segundo os dados levantados, a polícia foi responsável por uma a cada três pessoas assassinadas no estado do RJ, que registrou o total de 1810 mortos pela policia apenas no ano de 2019. Os dados são brutais em todo o país, pois também demonstram que em aproximadamente 84 minutos, menos de meia hora, uma pessoa é morta pelas mãos da polícia. De 2012 até 2018, houve um aumento de 166,7% da letalidade policial no Brasil.

A violência policial no estado do Rio de Janeiro vem crescendo absurdamente não só tendo em vista os conflitos provocados pelo tráfico de drogas e armas que há anos existem devido às disputas por pontos de comércio e localizações como é escandalosamente passado nos noticiários da Glovo, assim como pelos jornais policiais reacionários da Bandeirantes e Record que apoiam abertamente a ação truculenta da política de extermínio da polícia.

Lembremos que o aumento dos conflitos, a entrada de armas de armas de grande porte nas favelas do Rio, são consequências de uma política anti-pobre e anti-povo que joga a imensa maioria da população das favelas nos piores postos de trabalho ou ainda, no desemprego. O aumento da população que vive sem ter um teto no RJ é retrato da degradação social gerada por um capitalismo decadente. Esta situação abriu espaços para disseminação tanto do tráfico de drogas (aliado a grandes políticos corruptos) quando dos grupos de milicianos, ex-policiais, na maioria policiais militares, que possuem registro de abusos de força, violação de direitos humanos, tortura, assassinatos, corrupção entre outras ações durante a carreira.

Lado à lado da violência social tempos a violência política e a impunidade, no exemplo da impunidade dos assassinos de Marielle Franco e do motorista Anderson, além de um dos milicianos envolvido no caso, com o principal suspeito Ronnie Lessa, e ampla divulgação de fatos que fazem não haver dúvida do encobertamento e da cumplicidade de agentes do estado com o crime.

Todavia, não apenas a provocou o aumento da violência policial no Rio, pois jamais passará em branco a Intervenção Federal realizada pelo golpista Michel Temer, que gastou 1,2 bilhão com seu projeto autoritário resultando no aumento do número de crimes, como citou o jorna Extra em 2018, veja abaixo:

"com base em registros de ocorrências feitos em todas as delegacias da capital fluminense, entre 16 de fevereiro, quando o presidente Michel Temer assinou o decreto de intervenção, e 16 de março revela que os homicídios, roubos de carros e roubos de cargas aumentaram em relação ao mesmo período de 2017"

Aumento dos crimes, acompanhado da morte de dezenas de jovens negros, tal como a brutal morte de Marcos Vinícius com seu uniforme escolar e uma mãe implorando justiça.

A repressão, no ano de 2019, foi impulsionada pelo governador reacionário Wilson Witzel, buscando manter a política de morte e racista levada a cabo pela polícia, como divulgado por meio dos dados emitidos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ) em maio de 2018, apontando que o nível de letalidade das operações policiais bateu seu maior recorde em 21 anos no Rio de Janeiro, desde que a estatística foi criada. Foram 434 mortes cometidas pela Polícia Civil e Militar, correspondendo a uma média de quase cinco (4,82) mortos por dia só naquele mês.

No ano passado, a polícia de Witzel, baseada em ações de confronto direto, claramente baseada em estereótipos racistas, foi responsável por amedrontar a vida da população pobre, assassinando trabalhadores e trabalhadoras negras, crianças e jovens estudantes. Recordemos o sadismo que este governador possui em comemorar mortes em operações, como o caso do sequestro na ponte Rio Niterói, de um jovem negro que resistiu anteriormente e foi profundamente abalado pela chacina da Candelária, e mínima importância dada à morte da criança Aghata Felix por um tiro da PM.

Ou em relação ao assassinato do músico Evaldo dos Santos Rosa, quando seu carro foi “confundido” pelos militares como o mesmo utilizado por traficantes, alvejado com mais de 200 tiros contra a família do músico, o governador declarou que os militares que mataram Evaldo tinham agido de forma inapropriada porque não sabiam agir nessas circunstâncias como os “experientes policiais militares”, alegando que ainda faltava muito para os jovens do Exército chegar ao nível de desempenho repressivo da Polícia, como já apontando em outras matérias do Esquerda Diário, o portal que rechaça em todos sentidos possíveis o policiamento militar burguês, que atua no sentido de criminalizar, assassinar, torturar o povo pobre e trabalhador, bem como seu modo de viver e costumes, que cada dia mais é explorado economicamente e submetido às violências físicas, sociais, morais do Estado, com total respaldo e legitimidade.

 
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