Após a grande repercussão sobre os possíveis erros no ENEM, o ministro da educação de Bolsonaro, Weintraub, veio dizendo que os estudantes prejudicados não passavam de 0,1% do total de estudantes que realizaram a prova. Como forma de minimizar a situação o ministro culpou a gráfica de impressão da prova, dizendo que algumas provas “engasgaram” no processo.
Ainda assim, o ministro da educação disse manter a inscrição do SISU para esta terça-feira (21) mesmo com erros nas provas e indignação dos estudantes. O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) órgão responsável por todo o processo do ENEM disse que o número de estudantes prejudicados pode chegar a mais de 60 mil.
Segundo fontes de O Estado, servidores do INEP alertaram sobre o risco de abrir o sistema de inscrições antes de mensurar o número real de estudantes prejudicados. Weintraub quer diminuir ao máximo os diversos questionamentos feitos ao ENEM desde o início do ano passado, ao mesmo tempo que corre a consulta pública para o projeto Future-se altamente rejeitado pelas universidades do país a partir das mobilizações do dia 15 e 30 de maio de 2019.
Bolsonaro e Weintraub atacam as universidades públicas porque também sabem que ali se concentra um grande setor que se levanta contra seu projeto de educação. O Future-se tem o objetivo de abrir grandes portas para iniciativa privada dentro das universidades, transferindo o conhecimento produzido ali para as empresas privadas. Querem transformar radicalmente as universidades a serviço dos lucros dos grandes monopólios de educação.
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