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REBELIÃO NO CHILE
Com ocupações de escolas, estudantes do Chile exigem ingresso irrestrito à universidade

Pelo menos seis escolas do Chile encontram-se ocupadas e bloqueadas por estudantes para evitar a aplicação da Prova de Seleção Universitária (PSU), equivalente ao vestibular chileno, e exigindo o ingresso irrestrito às universidades.

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Pelo menos seis escolas amanheceram ocupadas e bloqueadas nesta segunda-feira em protesto contra o exame de ingresso às universidades.

No total são 659 os estabelecimentos disponíveis que funcionam como sedes da Prova de Seleção Universitária.

Os estudantes que protestam contra a PSU e pelo ingresso irrestrito às universidades ocuparam duas escolas da cidade de Copiapó, um na cidade de Arica, um em Valparaíso, um em Quellón e um em Santiago.

Na manhã dessa segunda-feira estudantes da escola Domingo Latrille de Tocopilla protestaram na frente do estabelecimento provocando a suspensão momentânea da prova, o que aconteceu também na Escola Municipal Polivalente do município de La Florida, Santiago. Situação similar aconteceu em vários outras escolas do país.

Em Arica a jornada de protestos começou com barricadas contra a PSU enquanto que diversas outras escolas fizeram parte dos protestos e tentativas de ocupação.
A cidade de Calama não teve sede para a PSU, pois o Colégio Guadalupe de Ayquina, a Escola Juan Pablo II e o Instituto Obispo Luis Silva Lezaeta cancelaram a prova devido aos protestos.

Acesso irrestrito e direito à gratuidade universal

Uma das demandas históricas do movimento estudantil chileno é a eliminação da PSU e sua substituição por um sistema de acesso irrestrito, para acabar com a educação como um privilégio.

Por isso, é preciso que quem decida estudar numa universidade o possa fazer através de um sistema de bacharelado de qualidade que seja preparatório aos primeiros anos, para assim acabar com um acesso condicionado pela classe social à qual pertencem os estudantes e permita a cobertura de um direito universal, como é o direito de acesso à educação.

A luta social desses últimos meses deixa algumas lições de como enfrentar um regime universitário restritivo e de elite.

As organizações de estudantes secundaristas como a ACES, CONES, FESA e diversas coordenadoras de estudantes devekm levantar espaços democráticos de auto-organização em conjunto com as e os trabalhadores, professores de cada estabelecimento, para assim lograr um grande movimento nas ruas que levante uma verdadeira Assembleia Constituinte, livre e soberana, onde transformemos estruturalmente o modelo educativo, e todos os pilares que sustentam a herança de Pinochet.

Por uma educação pública e 100% gratuita, financiada integralmente pelo Estado segundo as necessidades educativas. Que seja democrática, onde sejam as próprias comunidades os que decidam e não as figuras autoritárias que hoje governam por seus interesses e os do mercado educativo, inclusive, tendo a direito de expulsar estudantes, como os reitores universitários e diretores de escolas. Uma educação que seja laica e não sexista, sem a imposição de nenhuma moral religiosa.

 
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