O líder da direita venezuelana, Juan Guaidó, e o representante especial dos Estados Unidos para Venezuela, Elliot Abrams, coincidiram em destacar agradecimentos as declarações argentinas sobre os últimos acontecimentos na Venezuela como um apoio a direita e o imperialismo.
Elliot Abrams deu uma entrevista coletiva na qual declarou que "as medidas foram rejeitadas por muitos países do mundo" e deu como primeiro exemplo as declarações de Felipe Solá, que chefia o Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
Solá havia expressado no Twitter que “impedir a força o funcionamento da Assembleia Legislativa é condenar-se ao isolamento internacional. Rechaçamos essa ação e estamos pedindo ao executivo venezuelano a aceitar que o caminho é exatamente o contrário”.
O representante estadunidense explicou em sua declaração que os exemplos da Argentina e México cumprem a função de mostrar a perda de apoio de Maduro: “Eles não têm a mesma posição que os Estados Unidos e é interessante que, no mesmo dia e sem hesitação, classificaram as ações como inaceitáveis e as condenaram (...) Todos concordam conosco” para destacar que “Ele está perdendo o apoio da esquerda na América Latina ".
Por sua vez, Guaidó aproveitou a ocasião e destacou as declarações de Solá em uma entrevista coletiva de Caracas. Ele também falou sobre a posição de Alberto Fernández que "pode ou não haver diferenças ideológicas o de algum outro tipo com o presidente Fernández, mas ele está claramente apontando o ultraje, a violação do Parlamento venezuelano".
O posicionamento do governo de Fernández, que optou por divulgar uma declaração separada do Grupo Lima a respeito dos acontecimentos no Irã e na Venezuela colocando certa distância, sobre esse tema é bastante próxima de sua posição, sem questionar que Juan Guaidó é um representante da imperialismo.
Isso foi aproveitado pelos principais porta-vozes da direita, Guaidó e Estados Unidos, contra o regime Maduro para fortalecer a legitimidade de suas ações e reconhecer o presidente argentino como aliado de suas posições.
Condenar a política da direita venezuelana e do governo norte-americano é parte fundamental de rechaçar qualquer avanço da interferência imperialista na América Latina, como twittou Nicolás del Caño, deputado nacional da Frente de Esquerda, e de forma alguma apoiar o regime de Maduro, mas entender que um maior poder dos Estados Unidos sobre a região implica apenas níveis mais altos de submissão dos trabalhadores e setores populares.
“Repudiamos a agressão imperialista dos EUA no Oriente Médio comandada por Trump. Nada de bom virá da mão do imperialismo para os povos do mundo. Só pode oferecer guerras, fome e miséria.”
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