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REVEILLON
França: A orquestra da Opera de Paris tocou na rua em novo protesto contra Macron
Redação

A França segue atravessada por protestos e pela greve do transporte contra a reforma da previdência de Macron. O governo francês não somente não conseguiu uma “trégua nas festas” como ocorreram protestos toda a semana. No dia 31 de dezembro o protagonismo foi da orquestra da Opera de Paris.

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A orquestra da Opera de Paris realizou um concerto a céu aberto nesta terça-feira em protesto contra a reforma da previdência impulsionada pelo governo de Emmanuel Macron. Este protesto especial aconteceu uma semana depois da apresentação do “Lago dos Cisnes” pelas bailarina da Opera na escadaria da instituição histórica.

Os músicos deram seu apoio a greve neste 27º dia consecutivo, denunciaram em seu ato, ocorrido na frente da Opera em meio à praça da Bastilha, que o Executivo impõe a reforma fazendo um “teatro” com as negociações.
“Nos negamos a entrar na paródia das negociações” dizia um cartaz dos grevistas que interpretaram extratos de obras de Hector Berlioz e o "Romeo e Julieta" de Serguei Prokófiev, antes de terminar com o hino nacional, “A Marselhesa”.

Atrás deles estava pendurada uma enorme faixa no moderno edifício da Opera da Bastilha, inaugurado em 1989, na faixa lia-se “Opera de Paris em greve”.

O regime especial de aposentadorias que os integrantes da Opera têm é um dos mais antigos da França. Tanto esta instituição como a Comédia Francesa gozam de um sistema particular, concedido pelo rei Luís XIV em 1698 e que permite que os bailarinos se aposentem aos 42 anos e os músicos aos 60.

Os trabalhadores, e especialmente os bailarinos estão em greve há 4 semanas, o que levou ao cancelamento de mais de 50 apresentações.
A instituição comunicou semana passada que suas perdas superam ou 8 milhões de euros (R$36 milhões).
Os cancelamentos dos espetáculos são feitos – em geral – no dia apresentação, pois, como informa a Opera de Paris em seu site na internet, os trabalhadores não são obrigados a se declarar em greve até poucas horas antes da apresentação.

Longe da trégua que o Governo de Macron queria, e que este já tinha começado a negociar com algumas direções sindicais, os trabalhadores mostraram que não estão dispostos a arredar pé e vão seguir lutando até que seja derrubada a reforma. Como gritam nas manifestação: “sem retirada da reforma, não há trégua”

 
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