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ARGÉLIA
Manifestantes rechaçam na Argélia o diálogo do novo presidente
Redação

Milhares de argelinos tomaram as ruas das principais cidades apenas um dia após a assumir o novo presidente, a quem consideram nomeado pelo regime militar que governa o país.

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Ao rechaçar o diálogo proposto pelo novo presidente, a mobilização em massa deixa claro que o novo chefe de estado, Abdel Majid Tabboun, carece de legitimidade popular.

Em Argel, Oran, Guelma, Jijel, Setif, Mostaganem, Batna, Ghardaia, Annaba, Constantine, Skikda, Ouargla, Oued, Biskra e todas as cidades argelinas, centenas de milhares de pessoas foram a praças e ruas públicas para enfatizar a necessidade de "continuar a revolução". Novos cânticos e consignas hostis ao presidente Tebboun, 74 anos, ex-primeiro-ministro do ex-presidene Abdelaziz Bouteflika, foram cantados por manifestantes que insistiam em continuar protestando em suas aspirações a "um Estado civil e não militar".

Na noite de sua eleição, Tebboun indicou "estender a mão" ao Hirak (nome do movimento de luta) para iniciar um diálogo. Esta quinta-feira, ao assumir após as eleições com menor participação histórica, ele novamente afirmou que ouviria as "aspirações profundas" do povo, em particular no que diz respeito ao "Estado de direito, justiça social e liberdades democráticas".

Os manifestantes, por outro lado, rechaçam qualquer tipo de diálogo proposto pelo novo presidente e exigiram o desmantelamento do "sistema", referindo-se ao regime que a Argélia mantém desde 1962.

Os olhares foram direcionados nesta sexta-feira para a cidade de Oran, no oeste, onde milhares de argelinos responderam aos vários apelos lançados nos últimos dias através das redes sociais para manifestar nesta segunda cidade do país em solidariedade aos manifestantes reprimidos na semana passada por a polícia.

É o 44º dia de luta contra o regime militar, que permanece após a subida do novo governo imposto "de cima", que mostra que o Hirak ainda mantém força para alcançar seus objetivos. Se o movimento Hirak, devido aos limites de sua composição policlassista, seus métodos de luta e seu programa, falhou nesses meses em derrubar o regime, que é sua principal, mostrou que havia acumulado forças suficientes para condicionar o novo presidente, deixando descobrir sua fraqueza de origem.

 
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