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FUTEBOL
Torcida antifascista do Rayo Vallecano rechaça jogador rival nazista
Eduardo Luiz
Mônica Silva Dias

No último domingo dia 17/12 a partida entre Rayo Vallecano e Albacete em Madri, válida pela segunda divisão do Espanhol, foi interrompida, pois a torcida do Rayo Vallecano disse nada além da verdade.

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PEQUENO NO ESPORTE, GRANDE EM VALORES
QUE VIVA EL RAYO DE LA CLASSE OBRERA!

Para entender o que aconteceu, vamos voltar para 2017 ano em que o atacante ucraniano Roman Zozulya foi anunciado como sendo o novo reforço do Rayo Vallecano. Zozulya é declaradamente neonazista e apoiou o Exército Popular, grupo paramilitar formado por neonazistas ucranianos, chegando até a fazer saudações nazistas publicamente.

A torcida do Rayo Vallecano é conhecida mundialmente como sendo uma das mais progressistas do mundo. Além de apresentar uma ligação histórica com movimentos sociais da Espanha, manifestam posições de repúdio ao racismo e homofobia e caminham na contramão do que infelizmente presenciamos de modo mais generalizado no globo quando o assunto futebol, não produzem cantos ofendendo a torcida adversária. Por todo esse histórico desejável a qualquer torcida do mundo, os torcedores do Rayo em especial sua torcida organizada Bukaneros, fez inúmeros protestos que culminaram com a rescisão do contrato do Zozulya.

O reencontro entre torcida antifascista e jogador fascista se deu nesse domingo, onde a torcida apresentou faixas e fez várias músicas chamando Zozulya de nazista entoados ao ritmo da canção "Bella ciao". Entre os dizeres ouvia-se "Roman Zozulya és um nazi" ou "Os fascistas fora de Vallecas”. O jogo ocorreu até intervalo, quando o arbitro José Antonio López Toca resolveu encerrar a partida.

Inúmeras são as vezes em que o futebol foi palco de atos racistas e homofônicos inclusive na Espanha, quem não se lembra do jogo Barcelona e Villa Real quando o jogador brasileiro Daniel Alves comeu uma banana arremessada pela torcida do Villa Real em uma explícita manifestação racista? Esse assim como todos os jogos até então chegaram a seu fim. O único interrompido foi o que a torcida chamou um nazista declarado de nazista.

O Rayo surgiu em um bairro operário de Madri e sempre se opôs aos gigantes Real Madrid e Atlético de Madrid, cujas diretorias conhecidamente sempre estiveram próximas do poder e parte significante de suas torcidas possuem ligações fascistas. Misturar política e futebol não é problema para os espanhóis, em especial a torcida do Rayo que não precisam exatamente de títulos ou mesmo da primeira divisão para lutarem contra o “futebol moderno”. O Rayo Vallecano pode perder os três pontos do jogo, sua dignidade e de sua torcida são campeãs #facistasnaopassarao

 
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